Marino, volante do São Bernardo, chamado de macaco na Vila Capanema: caso encerrado no âmbito esportivo e parada na Justiça. (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)| Foto:
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O Grêmio usou o Paraná como exemplo para tentar escapar de uma punição severa por racismo no STJD. O advogado do clube, Michel Assef Filho, citou o caso em que um torcedor paranista chamou de “macaco” o volante Marino, do São Bernardo, em jogo na Vila Capanema, pela Copa do Brasil deste ano. O Tricolor foi punido com R$ 15 mil de multa, enquanto o Grêmio acabou eliminado da competição e multado em R$ 50 mil por ofensas raciais de torcedores contra o goleiro Aranha, do Santos. “Não se pode confundir a notoriedade de um caso com a sua gravidade”, argumentou Assef, sem convencer os auditores a da 3ª Comissão Disciplinar a aplicar punição menor.

 

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A punição no STJD encerrou o caso no âmbito esportivo, mas não no criminal. Quase cinco meses depois da ofensa a Marino, a Polícia Civil ainda tenta identificar o torcedor que chamou Marino de “macaco”. O delegado titular da Delegacia Móvel de Apoio a Futebol e Eventos (Demafe), Clóvis Galvão, disse que sua equipe está tentando identificar o agressor com base em apenas uma imagem disponível.

O Paraná auxiliou na investigação cedendo a lista de pessoas que receberam ingresso de cortesia para aquela partida, caso do homem que xingou Marino. É a partir dessa lista que a Demafe tenta fazer a identificação. Mesmo este trabalho, no entanto, está parado. Galvão pediu à Justiça a extensão em mais 30 dias do prazo para concluir o inquérito. Essa autorização, calcula, deve ser dada em no máximo dez dias.