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Cascavel e Foz perfilados para o jogo que não chegou ao fim. (Reprodução/ Facebook)
Cascavel e Foz perfilados para o jogo que não chegou ao fim. (Reprodução/ Facebook)| Foto:
Cascavel e Foz perfilados para o jogo que não chegou ao fim. (Reprodução/ Facebook)

Cascavel e Foz perfilados para o jogo que não chegou ao fim. (Reprodução/ Facebook)

O jogo entre Cascavel e Foz, domingo, pela Segunda Divisão do Paranaense, não chegou ao fim. Com três expulsos (fora o técnico e o preparador de goleiros) e as três substituições feitas, o Cascavel perdeu um jogador por contusão aos 40 e outro aos 42 do segundo tempo. O árbitro Anderson Iraci Guimarães ainda esperou dez minutos pela recuperação de algum deles, mas acabou encerrando a partida por número insuficiente de jogadores.

O Foz, que teve um jogador e o massagista expulsos, venceu por 2 a 1. Detalhe: enquanto estava dez contra dez, o Cascavel fez 1 a 0 e o Foz empatou. A virada veio no segundo tempo, já no 10 contra 8.

Todo o confuso jogo em Cascavel foi relatado em súmula pelo árbitro. Um anexo de oito páginas, que em breve estará na pauta do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR). Confira os principais trechos do relatório.

1º tempo

4 minutos – Toni, do Cascavel, e Casimiro, do Foz, se desentendem após uma falta. Casimiro dá uma cabeçada no rosto de Toni, que revida com um soco na boca do adversário. Os dois são expulsos diretamente.

47 minutos – Willian Rocha, do Cascavel, puxa um adversário pelo ombro e pela camisa, toma o segundo amarelo e o vermelho.

48 minutos – Pedrinho, do Cascavel, reclama com o árbitro da expulsão de Willian. “Inconformado de seu companheiro ter sido expulso, começou a falar vc é fraco, seu burro, prejudicou meu time. Nesse momento, apliquei cartão vermelho direto para o mesmo”, escreveu o árbitro. Revoltado, Pedrinho começa a chamar o juiz de fdp e sem vergonha. Leva três minutos para sair do campo, após chegada do policiamento.

47 minutos – O treinador de goleiros do Cascavel, Alex Alves Machado, invade o campo para reclamar da arbitragem pela expulsão de Willian. Segundo a súmula, em meio a palavrões ele ameaça agredir o trio e sai do campo acompanhado pela polícia. Na volta do intervalo, Alex vai a campo aquecer o goleiro do time. O árbitro novamente recorre à polícia para tirá-lo.

Intervalo – Ao fim do primeiro tempo, Paulo Foiani, técnico do Cascavel, reclama duramente do árbitro: “Adentrou o campo e veio em minha direção, reclamando com gestos e gritando que eu não tinha critério, que havia prejudicado sua equipe nas expulsões, que eu era um bosta, sem vergonha”, indica a súmula. Foiani foi expulso.

2º tempo

19 minutos – O árbitro percebe que Foiani voltou ao banco de reservas e determina, novamente, sua retirada.

40 minutos – Rogério Aurelino, massagista do Foz, é excluído por discutir com torcedores do Cascavel: “Discutindo e instigando a torcida da equipe da casa com gestos e mandando tomar no… os torcedores”.

40 minutos – Gilberto, do Cascavel, sai campo machucado. O time da casa fica com sete jogadores, mínimo permitido pela regra.

42 minutos – O jogo é paralisado para que Maurício, zagueiro do Cascavel, receba atendimento médico. Relata o árbitro: “Fui informado pelo médico do clube que seu atleta não teria condições de jogo. Foi esperado dez minutos. Como os atletas lesionados não se recuperaram das lesões, foi encerrada a partida por número insuficiente de atletas.”

Anderson Iraci Guimarães também fez menção ao comportamento de alguns torcedores, “que estavam muito nervosos em virtude das expulsões”.

O futebol de Cascavel esteve envolvido no mais célebre caso de cai-cai da história do futebol paranaense. A decisão do Campeonato Paranaense de 1980 não chegou ao fim porque o hoje inativo Cascavel Esporte Clube ficou com menos de sete jogadores em campo na final contra o Colorado, na Vila Capanema. A Federação Paranaense de Futebol decidiu dividir o título de campeão daquele ano.

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