Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético: 20 ideias para mudar o futebol brasileiro. (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)| Foto:
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Bem menos ativa do que em outros tempos, a página de Mario Celso Petraglia no Facebook foi usada pelo dirigente, na sexta-feira, para a publicação de um longo texto sobre o futebol brasileiro. Com direito a menção ao famoso discurso de Martin Luther King em 28 de agosto de 1963 (aquele começa com a frase “Eu tive um sonho”), MCP enumera 20 mudanças na estrutura do futebol no país. Consequência da presença do presidente do Atlético em uma reunião com Rede Globo, Bom Senso FC e outros quatro clubes, no mesmo dia.

Pauta coletiva

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O pacote contempla pautas em discussão, como adequação do calendário brasileiro ao europeu, restrição à ação de empresários, fim da figura dos direitos econômicos, profissionalização da arbitragem, venda de cerveja nos estádios, limites de endividamento e gastos com o futebol dos clubes (com punição rigorosa a quem descumprir), divisão mais justa das cotas de tevê, entre outros.

Pauta antiga

Petraglia também inclui no seu sonho temas conhecidos por quem acompanha a atuação do dirigente há mais tempo. Caso da cobrança de direitos de transmissão de emissoras de rádio, jogos com torcida única e fim das torcidas organizadas.

E o zagueiro?

A manifestação de Petraglia recebeu apoio maciço de centenas de pessoas, atleticanos ou não. Alguns torcedores do clube, porém, aproveitaram para incluir mais um sonho à lista do presidente: a contratação de um zagueiro.

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Leia, na íntegra, a publicação do dirigente no Facebook:

Estive nesta semana em reunião com os executivos da Associação dos Atletas = Bom Senso Futebol Clube e com os Diretores do Grupo Globo, trocamos e debatemos ideias sobre as reformas que entendemos que o futebol brasileiro em crise precisa de forma ampla para combatermos as causas definitivamente!

Com todo respeito, vou me permitir plagiar o inigualável MLK em seu discurso “Eu tive um sonho”!

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Eu também tive vários,, sonhei que :
1) – Havia uma Lei que regulamenta a relação trabalhista entre atleta profissional de futebol e os clubes. Estávamos livre da CLT;
2) – Não existia mais o compartilhamento (pizza) dos Direitos Econômicos dos jogadores, parceria só entre clubes;
3) – Liberdade de idade mínima para atividade de formação de atleta de futebol sem limite (bi lateral) de tempo de contrato, também para o atleta profissionalizado;
4) – Não existia mais a atividade de agente FIFA e representante de jogadores com idade inferior a 18 anos;
5) – Haviam criado no Brasil o Tribunal Arbitral para soluções dos litígios entre clubes, clubes e atletas;
6) – Também havia sido implantado o Código de Ética e de Penas em substituição aos Tribunais Esportivos;
7) – Um novo calendário do futebol brasileiro estava vigorando seguindo as datas do futebol europeu;
8) – A função da atividade de árbitros de futebol foi instituída com a profissionalização e dedicação exclusiva vinculados a uma instituição independente em ordem única nacional;
9) – Existiam várias faculdades com currículos e programas extensos para estudo e formação de profissionais para as atividades que abrangem o negócio futebol, principalmente para treinadores e árbitros;
10) – As leis permitiam que os clubes cobrassem das rádios (como faz a FIFA) pelo seu produto caro que é o futebol;
11) – Haviam partidas a critério do clube mandante de torcida única;
12) – Não existiam mais as instituições que exploram as marcas dos clubes, fantasiadas de torcidas organizadas;
13) – O Estatuto do Torcedor havia sido reformado e punia com rigor a violência dos torcedores, fora e dentro dos estádios;
14) – A cerveja havia sido liberada, igual na Copa do Mundo;
15) – Havia limites de endividamento e nos gastos com a folha de pagamento do futebol profissional, com punição rigorosa para os clubes e dirigentes;
16) – O passivo tributário, fiscal e trabalhista dos clubes havia sido rolado sob condições aos que não cumprissem o passado e o vigente como perda de pontos, rebaixamento de divisão, etc;
17) – O governo havia regulamentado definitivamente as isenções fiscais das Associações Desportivas sem fins lucrativos;
18) – Havia uma divisão mais justa do “bolo” das mídias, como TV aberta, fechada, PPV e outras;
19) – Haviam as Ligas dos Clubes profissionais de futebol funcionando de forma independente e responsável pelos seus campeonatos;
20) – A loteria esportiva havia sido revitalizada e toda as receitas estavam sendo destinadas aos clubes profissionais ajudando a bancar os campeonatos estaduais o ano todo para os clubes grandes e pequenos;

Meus sonhos tem sido acordado, estamos buscando estes objetivos, penso que o momento pela crise econômica e financeira dos clubes, pelos 7 vergonhosos gols que sofremos da Alemanha, pelo pobre futebol que temos apresentado, SEJA A HORA!!!

Mario Celso Petraglia

Nos acréscimos

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“Vai precisar de quê? Morrer um como aconteceu na Argélia?”

Fred, atacante do Fluminense, menciona a morte de um jogador camaronês na Argélia para pedir um combate mais duro à cobrança violenta de torcedores a jogadores no Brasil.

Com Marcos Xavier Vicente