A adesão ao Profut (programa de refinanciamento da dívida dos clubes) obrigará o Atlético a abrir mão de um dos seus mais antigos e polêmicos fornecedores: a Kangoo do Brasil Ltda., fabricante das cadeiras da Arena da Baixada, de propriedade de Mario Celso Keinert Petraglia, filho do presidente Mario Celso Petraglia.
Logo no artigo 4º, a Medida Provisória 671, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (20), determina uma série de condições para que um clube possa se manter no Profut. Entre as quais estão a previsão em estatuto de punições a dirigentes que praticarem gestão temerária.
Mais adiante, há uma seção específica esmiuçando o que é gestão temerária nas entidades desportivas profissionais de futebol. No artigo 27 estão listados atos de gestão irregular ou temerária praticados pelos dirigentes, “que revelem desvio de finalidade na direção da entidade ou que gerem risco excessivo e irresponsável para seu patrimônio”. O terceiro exemplo apresentado é “celebrar contrato com empresa que tenha como dirigente seu cônjuge ou companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau”.
A Kangoo é fornecedora de cadeiras para a Arena da Baixada desde a primeira inauguração do estádio. Na reforma para a Copa, a contratação da empresa motivou denúncia do então vice jurídico Cid Campelo Filho e questionamento na Assembleia Legislativa, mas acabou mantida e cumprida. O Atlético também contratou os serviços do arquiteto Carlos Arcos, primo de Petraglia e autor do projeto do estádio.
Assim, para que a Kangoo siga como fornecedora de cadeiras do Atlético, Petraglia teria de deixar não apenas a presidência do clube, como qualquer cargo que lhe dê poder de decisão na gestão da entidade. Levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda indica que o Furacão tem pouco mais de R$ 91 mil em débitos com a União, montante que pode ser renegociado pelo Profut.
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