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Para o administrador da página, casar com mulheres brancas provaria a hipocrisia dos jogadores negros. (Reprodução/ Facebook)
Para o administrador da página, casar com mulheres brancas provaria a hipocrisia dos jogadores negros. (Reprodução/ Facebook)| Foto:
Patrícia Moreira no Grêmio x Santos. (Reprodução de TV)

Patrícia Moreira no Grêmio x Santos. (Reprodução de TV)

A torcedora Patrícia Moreira, do Grêmio, ganhou uma página no Facebook em seu apoio. Criada dia 14 de setembro e com mais de 2,3 mil curtidas até ontem (no início da noite desta quarta-feira, já eram quase 5 mil), a “Apoiamos Patrícia Moreira contra a hipocrisia do politicamente correto” acusa o goleiro Aranha, do Santos, de coitadismo e de aceitar ser massa de manobra. A página também promete ajudar o internauta a “entender como funciona esse jogo doentio e hipócrita por parte desses esquerdistas de faculdades do Marxismo Cultural”.

 

Na prática, a página ataca mais diretamente a esquerda brasileira. Acusa esse grupo político de manipular o pensamento coletivo sobre o que são ou não atos de racismo. Nesse ponto que entram Aranha e o futebol. O goleiro do Santos é chamado de “covarde” por levar adiante a denúncia contra Patricia Moreira. Jogadores negros são taxados de hipócritas e não comprometidos com a própria raça por casar com mulheres brancas.

 

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a delegacia de crimes virtuais do Rio Grande do Sul não recebeu denúncia contra a página. Em caso de investigação, o responsável pela página, identificado pelo jornal como Jeferson, pode responder por prática de injúria racial ou racismo.

Para o administrador da página, casar com mulheres brancas provaria a hipocrisia dos jogadores negros. (Reprodução/ Facebook)

Para o administrador da página, casar com mulheres brancas provaria a hipocrisia dos jogadores negros. (Reprodução/ Facebook)

 

Atualização das 19h11, por Folhapress:

O advogado de Patrícia Moreira da Silva, Alexandre Rossato registrou nesta quarta-feira (24) um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre contra a comunidade “Apoiamos Patricia Moreira contra a hipocrisia do Politicamente Correto”, hospedada no Facebook. Rossato solicitou que a página seja excluída em até 24 horas por usar de forma indevida o nome e da imagem de sua cliente.

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