Para a Fifa, mordida de Suárez é mais grave que apologia ao nazismo de croata

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Luisito Suárez recebe o apoio de um membro da comissão técnica uruguaia. (Foto: Leo Carioca/ Reuters)

A Croácia estreou na Copa contra o Brasil lamentando dois desfalques por suspensão. Um foi Mandzukic, que retornou na partida seguinte, contra Camarões. Outra foi Simunic, ausente por todo o mundial. Zagueiro e terceiro jogador com mais partidas pelos quadriculados, Simunic foi suspenso por apologia ao nazismo.

Após o jogo da classificação para a Copa, vitória sobre a Islândia, Simunic pegou um microfone no estádio em Zagreb e entoou um canto de um movimento pró-nazismo do país balcânico. Pegou dez jogos Fifa de suspensão, a contar a partir da Copa, pagou 35 mil euros em multa e ficou proibido de frequentar estádios por estes dez jogos. O comunicado da Fifa informando a punição dizia que aquela medida deixava claro o compromisso da entidade com o combate a qualquer discriminação.

Hoje, a Fifa anunciou punição ao uruguaio Luís Suárez pela mordida em Chiellini, zagueiro italiano. Luisito pegou nove jogos Fifa, a contar pelo de sábado, contra a Colômbia. Teve sua credencial cassada. Não pode ficar na concentração, subir no ônibus nem dividir áreas exclusivas com seus companheiros de seleção. Muito menos frequentar estádios. Não só por estes nove jogos (de um a quatro da Copa e de 5 a 8 das Eliminatórias para 2018), mas também pelos quatro meses seguintes. Também terá de pagar uma multa de 82,3 mil euros. É provável que tudo isso afete, inclusive, sua transferência para o Barcelona, cogitada pela imprensa espanhola.

Pelos critérios da Fifa, é mais grave morder um adversário, uma agressão sem dúvida antidesportiva, porém individual, do que incitar o nazismo, causa da morte de milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial. Você concorda com a proporcionalidade imposta pela Fifa?