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Com Julio Filho

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O Paraná zerou a internet esportiva esta semana ao apresentar, em seu perfil no Facebook, um pedido de desculpas ao torcedor, em primeira pessoa. A postagem mereceu comentários (e elogios) em absolutamente todos os grandes sites e programas esportivos do país, mas não foi a única com uma pegada diferente.

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No dia 8 de julho, enquanto o Brasil inteiro falava do aniversário do 7 a 1, o Paraná publicou na sua conta do Twitter uma mensagem lembrando que goleada inesquecível mesmo era o 9 a 1 do Tricolor sobre o Paranavaí, em 1990, vitória mais elástica da história do clube.

 

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No dia seguinte, recorreu à famosa fumaça branca que sobe quando o conclave escolhe um novo papa para anunciar a contratação de Fernando Diniz.  

 

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As três publicações despertaram uma reação imediata: parece postagem do perfil da prefeitura de Curitiba. Parece mesmo, e não se trata de uma coincidência.

 

A equipe de mídias sociais da Prefs tem três paranistas. Este trio faz parte de um grupo maior de social medias que tem ajudado com ideias e sugestões o marketing paranista a mudar a relação com o torcedor. Trabalho totalmente voluntário, fora do horário de expediente e sem envolvimento da equipe da prefeitura – composta também por coxas e atleticanos.

 

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Ou seja, não é uma consultoria oficial da equipe da prefeitura em horário de trabalho (o que seria desvio de função), mas uma ação dos paranistas do time da Prefs como “pessoas físicas” no aconchego do lar.

 

“São amigos ajudando amigos. Pitacos voluntários por amor ao clube”, definiu ao Intervalo Claudinho Castro, um dos social medias da equipe da prefeitura e ator.

 

Claudinho conta que essa equipe de voluntários tem, entre outros, o responsável pelo perfil Busão Curitiba, que interagiu com o perfil do Paraná no Twitter, nesta sexta-feira, e redatores de grandes agências de publicidade da capital.

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“Existe um provérbio que diz que todo bom social media é paranista”, brinca Claudinho.

 

 

“Em 1992 eu entrava em campo com mascote junto com o Serginho, Régis, Celso Cajuru. Mais tarde me afastei por causa do meu trabalho como ator e, ultimamente, pela atividade na prefeitura. Me tornei um torcedor de sofá”, admite. “Agora estou me reaproximando e usando esse meu ‘legado’ para ajudar o clube.”

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Legado que o clube incorporou nas redes sociais e tem tanto sua aprovação como uma ressalva. “Time que não tem dinheiro, está correndo para sobreviver, o que mais precisa ter é humildade, usar o coração para conversar com o torcedor”, elogia. “Tem que tomar muito cuidado com o que faz sempre, pois sempre vai ter alguém para falar que o time está se rebaixando fazendo isso. O importante é o marketing ter o aval da diretoria para levar o projeto adiante”, alerta.