No Paranaense, a Arena da Baixada é um estádio quase exclusivo para sócios. (Hugo Harada/ Gazeta do Povo)| Foto:
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Uma das características mais marcantes da política de sócios da dupla Atletiba é manter um ingresso avulso caro. No Couto Pereira, o ingresso cheio mais barato na bilheteria custa R$ 95. Na Arena Baixada são R$ 150. Em ambos os casos, a intenção é forçar o torcedor a se associar – para os mesmos setores, o bilhete avulso equivale a uma mensalidade. Em um campeonato de pouco apelo como o Paranaense, o resultado é uma venda inexpressiva de entradas avulsas. Tão inexpressivas que equivale os campeões de bilheteria do Estadual aos times com menores médias de público.

 

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Nos cinco jogos que fez como mandante, o Atlético vendeu apenas 1.116 ingressos. A média de 223 ingressos avulsos por jogo é inferior à do Nacional de Rolândia, lanterna de público no Paranaense com 252 torcedores por partida. O Furacão chegou a vender apenas 62 ingressos para um jogo, contra o Prudentópolis. Está pouco acima do jogo de pior público da competição: Nacional de Rolândia 1 x 2 J. Malucelli, presenciado por 51 pagantes.

 

Após o jogo com o Prudentópolis, o Atlético tentou melhorar a venda avulsa com promoção de ingressos casada com apostas na Timemania. Com 35 bilhetes da loteria (o equivalente a R$ 70), era possível ver um jogo no Setor Furacão – o do ingresso a R$ 150. Até para a área VIP do estádio houve promoção, fazendo o ingresso de R$ 800 sair por R$ 300. O Atlético não vendeu ingresso promocional em nenhum dos três jogos e para a partida deste domingo, com o Nacional de Rolândia, a promoção será restrita ao Sócio Furacão.

 

O cenário do Coritiba não é muito melhor, embora mascarado pelo Atletiba. No clássico da quinta rodada, que detém o maior público do Paranaense, o Coxa vendeu 6.079 bilhetes avulsos. Foram 5,2 mil para a própria torcida (sendo 4.139 ao preço promocional de R$ 30) e 802 para atleticanos (mais do que qualquer jogo na Arena). Por causa do Atletiba, a média de venda avulsa do Coritiba é de 1.540 ingressos (seria a nona média da competição). Tirando o clássico, são 405 pagantes. Mais que o Nacional de Rolândia, porém menos que os 672 do J. Malucelli, vice-lanterna em público.

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Somando sócios e venda avulsa, Atlético e Coritiba lideram com folga o ranking de público da competição. O Furacão é o líder, com 8.029 torcedores por jogo (97,2% de sócios). O Coritiba vem em segundo, com 7.442 (79,3% de sócios).