![Treino escondido no Chelsea, Petraglia em Londres, choro ao telefone… Os bastidores da venda de Nathan Treino escondido no Chelsea, Petraglia em Londres, choro ao telefone… Os bastidores da venda de Nathan](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2015/05/nathan-com-o-pai-79647b1c.jpg)
O último capítulo da venda de Nathan ao Chelsea se desenrolou em Londres. Foi lá que o Atlético concretizou a transferência. E lá que Nathan não só assinou contrato como vestiu pela primeira vez a camisa dos Blues.
Nathan foi para a Inglaterra ainda na primeira quinzena de abril, acompanhado de seu pai, para treinar com o clube inglês. José Carlos Souza voltou para o Brasil há pouco mais de uma semana e falou ao Intervalo – você leu por aqui – que o filho tinha voltado a Blumenau. Treinaria com personal e jogaria peladas com amigos para manter a forma. Não era verdade.
Nesta segunda-feira, José Carlos até hesitou, mas admitiu ao Intervalo que seu filho está há 20 dias treinando no Chelsea. Um treinamento – em bom português – escondido, para não complicar ainda mais a negociação com o Atlético.
Quando Nathan viajou para a Inglaterra, tinha a seu favor um sim do Atlético em juízo à proposta feito pelo Chelsea. E uma oferta melhor do Doyen Sports para colocar Nathan no Porto, negócio que interessava mais ao Atlético.
Nathan passou nos exames médicos e acertou tudo com o Chelsea. O clube inglês mandou a proposta formal para o Atlético, que se recusou a assiná-la.
“Havia um furo no acerto [judicial] que nem o advogado do Atlético nem os nossos perceberam. Isso travou toda a conversa”, disse José Carlos, sem dar detalhes desse “furo”. “O Petraglia concordava com o negócio, mas não com os termos do negócio”, limitou-se a dizer, dando a entender que a transação foi fechada em condições melhores que as colocadas até então para o Atlético: 2 milhões de euros à vista e 3 milhões a partir do momento que Nathan completar 20 jogos no clube inglês.
A transação foi destravada nesta segunda-feira (11), em conversa pessoal entre Mario Celso Petraglia, o Chelsea e o empresário Giuliano Bertolucci, que intermediou a negociação. Petraglia assinou a liberação, Nathan assinou o contrato e o negócio foi finalizado.
“O Bertolucci me ligou e disse: ‘Pode estourar a champanhe’. Me arrepiei de cima até em baixo. Tudo o que eu lutei pelo Nathan… Para colocar ele num grande clube como o Chelsea, para fechar um negócio que não prejudicasse o Atlético. Posso morrer feliz”, desabafou o pai do jogador, que chorava do outro lado da linha enquanto recebia a notícia do negócio.
Nathan ainda deve ficar mais alguns dias em Londres. Com o fim da temporada inglesa, ele retorna ao Brasil. Aí sim, diz o pai do jogador, recorrerá a um personal trainer em São Paulo durante as férias dos Blues. Ele se apresenta oficialmente no fim de junho, para a pré-temporada nos Estados Unidos e a primeira das cinco temporadas de contrato.
“Não tenho a ilusão de o Nathan jogar no Chelsea já na primeira temporada. O importante agora é que ele chegou lá e vai trabalhar para ganhar espaço como fez no Atlético”, afirmou.
Deixe sua opinião