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O último capítulo da venda de Nathan ao Chelsea se desenrolou em Londres. Foi lá que o Atlético concretizou a transferência. E lá que Nathan não só assinou contrato como vestiu pela primeira vez a camisa dos Blues.

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Nathan foi para a Inglaterra ainda na primeira quinzena de abril, acompanhado de seu pai, para treinar com o clube inglês. José Carlos Souza voltou para o Brasil há pouco mais de uma semana e falou ao Intervalo – você leu por aqui – que o filho tinha voltado a Blumenau. Treinaria com personal e jogaria peladas com amigos para manter a forma. Não era verdade.

 

Nesta segunda-feira, José Carlos até hesitou, mas admitiu ao Intervalo que seu filho está há 20 dias treinando no Chelsea. Um treinamento – em bom português – escondido, para não complicar ainda mais a negociação com o Atlético.

 

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Quando Nathan viajou para a Inglaterra, tinha a seu favor um sim do Atlético em juízo à proposta feito pelo Chelsea. E uma oferta melhor do Doyen Sports para colocar Nathan no Porto, negócio que interessava mais ao Atlético.

 

Nathan passou nos exames médicos e acertou tudo com o Chelsea. O clube inglês mandou a proposta formal para o Atlético, que se recusou a assiná-la.

 

“Havia um furo no acerto [judicial] que nem o advogado do Atlético nem os nossos perceberam. Isso travou toda a conversa”, disse José Carlos, sem dar detalhes desse “furo”. “O Petraglia concordava com o negócio, mas não com os termos do negócio”, limitou-se a dizer, dando a entender que a transação foi fechada em condições melhores que as colocadas até então para o Atlético: 2 milhões de euros à vista e 3 milhões a partir do momento que Nathan completar 20 jogos no clube inglês.

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A transação foi destravada nesta segunda-feira (11), em conversa pessoal entre Mario Celso Petraglia, o Chelsea e o empresário Giuliano Bertolucci, que intermediou a negociação. Petraglia assinou a liberação, Nathan assinou o contrato e o negócio foi finalizado.

 

“O Bertolucci me ligou e disse: ‘Pode estourar a champanhe’. Me arrepiei de cima até em baixo. Tudo o que eu lutei pelo Nathan… Para colocar ele num grande clube como o Chelsea, para fechar um negócio que não prejudicasse o Atlético. Posso morrer feliz”, desabafou o pai do jogador, que chorava do outro lado da linha enquanto recebia a notícia do negócio.

 

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Nathan ainda deve ficar mais alguns dias em Londres. Com o fim da temporada inglesa, ele retorna ao Brasil. Aí sim, diz o pai do jogador, recorrerá a um personal trainer em São Paulo durante as férias dos Blues. Ele se apresenta oficialmente no fim de junho, para a pré-temporada nos Estados Unidos e a primeira das cinco temporadas de contrato.

 

“Não tenho a ilusão de o Nathan jogar no Chelsea já na primeira temporada. O importante agora é que ele chegou lá e vai trabalhar para ganhar espaço como fez no Atlético”, afirmou.