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Hoje atingi a marca de 8 mil quilômetros pedalados. Na prática, já pedalei mais do que isso durante toda a vida. Essa é apenas a contagem do odômetro da Manguarirê desde junho de 2010, quando passei a fazer da bicicleta um meio de transporte e também um estilo de vida.

Em linha reta, essa é a distância que separa Curitiba da Ponta de Sagres, no sudoeste do Algarve, em Portugal. Ou seja, daria para ter atravessado o Oceano Atlântico pedalando.

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Há também alguns outros números que considero interessantes:

– Isso significa um economia de aproximadamente 570 litros de gasolina ou R$ 1.485 em gastos com combustível*;

*Obs: o cálculo de economia não abrange os gastos indiretos com prestação, juros do financiamento, estacionamento, seguro, IPVA, mecânico, etc…

– Evitou a emissão de 2,2 toneladas de CO2 na atmosfera. Para neutralizar essas emissões, seria preciso plantar 11 árvores.

– No mercado de carbono, o uso da bike me daria um bônus de R$ 55 com a venda desses créditos;

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– Substituir o ônibus pela bicicleta já gerou uma economia de R$ 2,2 mil com vale-transporte;

– O uso da bicicleta adicionou 20 minutos úteis ao meu dia. Gasto 40 minutos ida e volta de bike contra 1 hora de ônibus. Acha pouco? Neste período “ganhei” 5 dias e meio de vida, tempo que deixei de passar dentro de um ônibus lotado**.

**Obs: O cálculo de ganhos não abrange os benefícios indiretos com condicionamento físico, saúde, endorfina, sorrisos e o prazer do vento batendo no rosto.

– Mas, vale um aviso: não pense que pedalando você só tem a ganhar. Você também perde bastante. No meu caso, perdi 12 quilos (de 82 kg para 70 kg);

Nesses 8 mil quilômetros, também fiz grandes descobertas e conheci novos lugares. Lugares que, sobre duas rodas, puderam ser vividos de forma mais intensa e marcante como a Rodovia Transpantaneira (Mato Grosso), Circuito Vale Europeu (Santa Catarina), Guaraqueçaba-Superagui (Paraná), Berlim (Alemanha), Salt Lake City (EUA), Deserto do Atacama (Chile) e Colônia de Sacramento (Uruguai).

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Na bicicleta, também fiz novos amigos. Pessoas extraordinárias que acreditam em um mundo melhor e fazem da bicicleta uma bandeira política para promoção da cidadania.

Mas, por enquanto, são só 8 mil quilômetros. O caminho ainda é longo, mas, não faz mal. De bicicleta, a vida fica bem melhor e a gente chega lá.