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Dormir em uma barraca, no meio do Pantanal é uma aventura e tanto até mesmo para os espíritos mais aventureiros. De noite, conforme recomendado, fizemos uma fogueira para espantar cobras, morcegos e outros animais.

Apesar do cansaço, após um dia inteiro de pedal, foi impossível dormir tranquilamente. Os sons da floresta nos deixaram em estado de alerta. Qualquer folha caindo já era o suficiente para causar susto, dando a impressão que algum animal rondava a barraca.

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Isso sem contar grilos, aves noturnas e uma sinfonia de sapos, rãs e pererecas. Um coaxar, em especial, parecia o sussurro de pessoas, o que nos fez, por alguns instantes, duvidar se a história do Pai do Mato é de fato apenas uma lenda pantaneira. Definitivamente, não foi uma noite dos sonhos.

Neste clima de tensão e sono leve, planejamos acordar ainda de madrugada para aproveitar os primeiros raios de sol e o melhor horário para avistar animais na estrada.

Com o céu ainda escuro, escutei alguns passos próximos de nós. Acordei imediatamente e fiquei em estado alerta – e a Andreza, dormindo. A tensão aumentou quando ouvi nitidamente alguém tossindo. Na hora peguei o bastão retrátil, nossa única arma de defesa no meio da floresta.

Enquanto abria a barraca para ver o que era, ouvi um barulho bem alto: ttttrrrrááááááá – um sonoro peido do caseiro do Pixaim, que estava próximo ao rio enchendo um balde de água. Caí na gargalhada! Literalmente, fomos acordados por um despertador “analógico”.

Desfizemos o acampamento e caímos na estrada…

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Veja as fotos do acampamento