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A inclusão do modal ciclístico no projeto de revitalização da Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, é uma vitória histórica do movimento cicloativista paranaense.

É a primeira conquista da recém-fundada Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), entidade que reuniu as diversas vozes que lutam para fazer da bicicleta um eixo de desenvolvimento sustentável de Curitiba.

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Os demais compromissos assumidos pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) também enchem de esperança, mas, ainda assim, exigem certa dose de ceticismo. Afinal, não é a primeira vez que um prefeito manifesta boa vontade com a causa das bicicletas.

Mas, mais do que “simpatia”, é preciso mostrar trabalho. E, neste quesito, a prefeitura de Curitiba ainda está devendo muito.

De acordo com dados do site Curitiba Aberta, no primeiro semestre o executivo municipal empenhou apenas R$ 126,2 mil (6%) dos R$ 2 milhões previstos no orçamento deste ano destinado a implantação e revitalização de infraestrutura cicloviária do município.

Se for para cumprir a lição de casa e executar o orçamento, a prefeitura terá que trabalhar até dezembro 15 vezes mais do que fez de janeiro até agora.

A Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), por exemplo, também será reformada dentro do projeto de adequação da cidade para a Copa de 2014. Creio que com o R$ 1,8 milhão ainda disponível no orçamento dá pra comprar tinta o suficiente para pintar uma ciclofaixa de 10 km atravessando diversos bairros da capital e ainda sobra troco.

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Seria uma solução inteligente para compartilhar o espaço público entre carros e bicicletas, garantindo a segurança dos ciclistas, que são mais frágeis.