A Bicicletaria.net, permissionária do sistema público de aluguel de bicicletas de Curitiba, anunciou nesta sexta-feira (23) a interrupção, por tempo indeterminado, das atividades nos três bicicletários licitados na cidade. O sistema, que começou a operar há cerca de 175 dias, deverá continuar operando, mas de forma automatizada nas estações do Jardim Botânico, Centro Cívico e Parque São Lourenço.
De acordo com o sócio da Bicicletaria.net, um projeto executivo será apresentado ao município dentro de 60 dias para reformular o serviço, mantendo o serviço de aluguel, mas eliminando serviços de estacionamento e manutenção. “Tivemos de parar a operacao de imediato para estancar custos com subsidios do sistema”, justifica.
Segundo ele, a mudança no modelo permitirá a ampliação da frota e do horário de atendimento — hoje restrita ao horário comercial e que passará a ser 24 horas por dia, 7 dias por semana — com adesão por cartões de crédito e débito diretamente nas estações e via internet. “Serão propostos pagamento para uso de um número maior de bicicletas com tarifa diária, mensal ou anual, para pedalar por até 1 hora a cada retirada de bicicleta”, explica Milani.
Números
Inaugurada em janeiro deste ano, com a presença do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), a Bicicletaria.net registrou mais de 2,5 mil clientes cadastrados e efetuou cerca de 1,7 mil aluguéis de bicicletas. Nos 175 dias de operação, o sistema efetuou uma média aproximada de 10 locações por dia, sendo que cada bicicleta é alugada pelo menos uma vez a cada dois dias.
Histórico
Os bicicletários públicos de Curitiba foram licitados em 2012, na gestão de Luciano Ducci (PSB), após quatro anos de abandono e duas tentativas frustradas pela Urbs, que administra o mobiliário urbano na capital. No edital, estava prevista a obrigatoriedade de serviços de reparos em bicicletas; aluguel de bicicletas; exploração e locação de estacionamento para bicicletas; e comércio de produtos afins à atividade de ciclismo. Segundo Milani, o edital também prevê a possibilidade de renegociações e repactuações, desde que preservada a atividade fim do aluguel de bicicletas e que as mudanças sejam justificadas e aceitas pelas Urbs.
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