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A Prefeitura de Curitiba apresentou o projeto do novo modelo de paraciclos que será implantado nos espaços públicos da cidade. O mobiliário é considerado elemento fundamental para a política de mobilidade e estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte.

O projeto foi apresentado nessa semana na Câmara Temática da Mobilidade, do Conselho da Cidade de Curitiba (Concitiba)e teve a aprovação da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), que participa do fórum. “Antes de implantar o equipamento é importante ouvir quem usa bicicleta para saber se o projeto atende às necessidades dos ciclistas”, disse o prefeito Luciano Ducci (PSB).

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A instalação dos paraciclos será executada com a verba de uma emenda ao orçamento municipal, no valor de R$ 60 mil, proposta pelo vereador Jonny Stica (PT). O projeto prevê a implantação de 250 equipamentos, com a criação de 500 vagas de estacionamento para bicicletas. Para não perder a verba, as obras deverão ser executadas até o fim deste ano.

Desenhados pelo setor de Mobiliário Urbano do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), os paraciclos em ferro galvanizado terão forma de arco, e receberão pintura eletrostática para evitar ferrugem. A cor escolhida para o mobiliário será a vermelha como forma de identificação do equipamento.

A principal característica dos paraciclos é prender as bicicletas pelo quadro e não apenas pelas rodas como em alguns modelos antigos. “Ficou muito bom e bonito. É um modelo que atende bem as necessidades dos ciclistas. O mais interessante é que cada módulo corresponde a vaga de estacionamento de um carro”, avalia o presidente da CicloIguaçu, Goura Nataraj.

Os locais de implantação dos paraciclos também foram discutidos. A região central da cidade deverá ser a primeira a receber os novos equipamentos. A sugestão da CicloIguaçu é a de verificar com a Fundação Cultural de Curitiba alguns espaços culturais da cidade onde possam ser instalados os equipamentos.

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A reunião da Câmara Temática teve ainda a presença da professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Tatiana Gadda, que apresentou uma pesquisa sobre ciclismo utilitário (deslocamentos de bicicletas para fins que não o de lazer) em Curitiba. A pesquisa aponta eixos da cidade para propagar o ciclismo de trabalho como na Cidade Industrial de Curitiba.

“A bicicleta deve ser pensada integralmente na cidade, assim como o transporte coletivo, que deu tão certo”, disse Tatiana.

Ficha técnica
Os paraciclos terão 1,6 metros de largura por 0,75 centímetros de altura. Pelo novo modelo, podem ser estacionadas duas bicicletas de cada lado. O único detalhe ainda em estudo é a forma de fixação dos equipamentos. O Ippuc desenvolveu ainda um projeto de paraciclos móveis, que podem ser instalados em eventos específicos e depois removidos.

Transformação cultural
O conselheiro do Concitiba Érico Morbis, acredita que a transformação cultural das pessoas é o fator mais importante para aumentar o número de ciclistas utilitários na cidade. “O que nos diferencia dos países que têm tradição no uso de bicicletas é a cultura. Não adianta investir em infraestrutura se a população não usar. Temos que fazer um trabalho forte de convencimento do cidadão, com isso o poder público terá a chancela para investir mais pesado em infraestrutura para uso de bicicletas”, alertou.

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