A bicicleta é uma variável que deve obrigatoriamente estar inserida em qualquer mudança ou intervenção urbana a ser feita na cidade daqui para frente. A diretriz consta no relatório final da Câmara Temática de Mobilidade (CTMob), do Conselho da Cidade de Curitiba (Concitiba) — órgão colegiado de política urbana que reúne representantes do poder público e da sociedade civil.
“Não pode ser apenas lazer. Tem que ser opção de transporte. E como
tal, integrar os terminais [de ônibus e do metro]”, diz o documento final da CTMob, que foi aprovado na íntegra, por unanimidade, pela Plenária na 20ª Reunião Ordinária do Concitiba, no último dia 26.
A CTMob aponta ainda que “é preciso ‘vitaminar’, com aporte de recursos orçamentários, atenções do Município com a existência da rede [cicloviária] atual, sua expansão, ampliando o status do assunto nos órgãos de inteligência e gestão de ciclomobilidade”.
O relatório reconhece que o Plano Diretor Cicloviário, apresentado pelo Ippuc, “está desenvolvido em fase preliminar” e recomenda que o Plano seja complementado com a inclusão de metas de infraestrutura, parcerias, participação da sociedade e promoção de campanhas focadas na ciclomobilidade pelo Ippuc, Urbs, e Setran. “[É preciso] impor metas viáveis e seu monitoramento, nos programas e projetos futuros”.
Câmara Temática
A CTMob foi criada pela Prefeitura por reivindicação da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu). A Câmara foi instalada em 15 de agosto de 2011 pela Resolução nº 18 de 28 de julho de 2011 do Concitiba para assessoria técnica. A Câmara realizou seis reuniões, de três horas cada, entre agosto de 2011 e maio de 2012. Para seu funcionamento, a CTMob aprovou regimento interno e plano de trabalho.
A Câmara Temática adotou como método de trabalho a realização de apresentações técnicas de especialistas e/ou usuários de bicicletas em Curitiba e posteriormente a realização de debates sobre o tema, que subsidiaram a formulação do relatório final.
O documento ressalta ainda a organização dos cicloativistas, com atuantes e fortes
lideranças, entidades representativas e organizadas, apontando a CicloIguaçu em especial na elaboração de documentos convincentes.
Ainda de acordo com o relatório, seria possível recuperar integralmente a malha com recursos em torno de R$ 10 milhões de reais. Levantamento feito pelo Ir e Vir de Bike no site de transparência Curitiba Aberta revela que, nos últimos três anos, a Prefeitura deixou de investir R$ 4,9 milhões destinados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) justamente para essa finalidade.
Clique aqui e baixe na íntegra o Relatório sobre a Ciclomobilidade em Curitiba, da CTMob do Concitiba (formato PDF).
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