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Dois ciclistas morrem atropelados em Curitiba
| Foto:
Reprodução/Andy Singer (www.andysinger.com)
Morte na pista: Paraná é o segundo estado mais violento do país para os usuários de bicicleta.

Em menos de 24 horas, dois ciclistas morreram atropelados em Curitiba. Isso na véspera do Dia do Ciclista, na última sexta-feira (18). Nada a ser comemorado.

Os acidentes ocorrem no mesmo mês em que a Prefeitura de Curitiba cortou pela metade o orçamento deste ano destinado a implantação e revitalização de infraestrutura cicloviária do município, reduzindo a previsão de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, segundo dados do site Curitiba Aberta.

[Eis o caminho para quem se interessar: Urbanismo > Infraestrutura Urbana > Programa de Mobilidade e Acessibilidade > Implantação e Revitalização de Infraestrutura Cicloviária do Município.]

No ano passado o investimento em ciclovias foi igual a zero. Neste ano, a prefeitura empenhou apenas R$ 126,2 mil, de janeiro até agosto. Lembrando apenas que na execução orçamentária o empenho é apenas o primeiro passo, antes da liquidação e pagamento.

Não é preciso ser nenhum gênio para encontrar uma relação de causa e efeito entre a falta de investimentos da prefeitura e as mortes dos ciclistas.

Questionado sobre os episódios recentes, o prefeito Luciano Ducci respondeu em menos de 140 caracteres: “a Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu está discutindo melhorias com IPPUC”.

A resposta foi semelhante a dada no ano passado, quando a ciclista Ivanete dos Santos Kravichenko morreu atropelada por um ônibus da linha Inter-Hospitais.

Na época, o prefeito disse que o Ippuc estava estudando uma solução e afirmou: “Garanto que todos vão ficar surpresos com as mudanças que vamos fazer no transporte”. (Clique aqui e leia a terceira e quarta notas, publicadas na ocasião)

De lá para cá, ao menos outros 6 ciclistas morreram no trânsito de Curitiba e nada do grande plano do Ippuc aparecer. Que surpresa macabra…

Coloco o vídeo abaixo como uma forma de protesto, para ilustrar como deve ter sido a reunião em que o Duce decidiu criar a tal Câmara Técnica. Na versão cinematrográfica, entretanto, os ciclistas vencerem a guerra. Na vida real, estamos sendo massacrados.

CLIQUE EM CC NO MENU PARA LER AS LEGENDAS EM PORTUGUÊS
Fonte do vídeo: http://pedaleiro.com.br

Alerta do Blog: Essa pode não ser exatamente uma obra de ficção. Qualquer semelhança com estilos de governar, projetos urbanísticos e acontecimentos reais não terá sido mera coincidência.

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Mobilize-se!

Use as redes sociais para cobrar do prefeito Luciano Ducci a criação de uma ciclofaixa na Avenida das Torres. O Corredor Ciclístico Osmar da Cunha é o mínimo que a Prefeitura de Curitiba pode fazer depois dessas mortes que, repito, não foram acidentais.

Escreva pelo Twitter para @LucianoDucci, usando as hashtags #maistintamenossangue, #naofoiacidente, #ciclofaixajá e #pedalaDucci.

Ligue para o telefone da Prefeitura 156 e peça a a construção de uma ciclofaixa na Avenida Comendador Franco. Você também pode registrar esse pedido pela internet:

“Em decorrência da morte do ciclista Osmar da Cunha, solicito a implantação de uma ciclofaixa em toda a extensão da Av. Comendador Franco (Av. das Torres) para garantir a segurança dos ciclistas, integrando 8 bairros da capital e beneficiando 260 mil moradores que terão segurança para utilizar um meio de transporte sustentável como a bicicleta”.

Copie e cole o texto acima e preencha o cadastro com seus dados pessoais. A prefeitura gerará um protocolo que deverá ser respondido.

Além disso, ajude a divulgar essa ideia pelo Facebook, Orkut e Blogs. Também cobre do seu vereador a fiscalização da execução do orçamento municipal para construção de ciclovias e ciclofaixas.

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