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Em menos de 24 horas, dois ciclistas morreram atropelados em Curitiba. Isso na véspera do Dia do Ciclista, na última sexta-feira (18). Nada a ser comemorado.

Os acidentes ocorrem no mesmo mês em que a Prefeitura de Curitiba cortou pela metade o orçamento deste ano destinado a implantação e revitalização de infraestrutura cicloviária do município, reduzindo a previsão de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, segundo dados do site Curitiba Aberta.

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[Eis o caminho para quem se interessar: Urbanismo > Infraestrutura Urbana > Programa de Mobilidade e Acessibilidade > Implantação e Revitalização de Infraestrutura Cicloviária do Município.]

No ano passado o investimento em ciclovias foi igual a zero. Neste ano, a prefeitura empenhou apenas R$ 126,2 mil, de janeiro até agosto. Lembrando apenas que na execução orçamentária o empenho é apenas o primeiro passo, antes da liquidação e pagamento.

Não é preciso ser nenhum gênio para encontrar uma relação de causa e efeito entre a falta de investimentos da prefeitura e as mortes dos ciclistas.

Questionado sobre os episódios recentes, o prefeito Luciano Ducci respondeu em menos de 140 caracteres: “a Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu está discutindo melhorias com IPPUC”.

A resposta foi semelhante a dada no ano passado, quando a ciclista Ivanete dos Santos Kravichenko morreu atropelada por um ônibus da linha Inter-Hospitais.

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Na época, o prefeito disse que o Ippuc estava estudando uma solução e afirmou: “Garanto que todos vão ficar surpresos com as mudanças que vamos fazer no transporte”. (Clique aqui e leia a terceira e quarta notas, publicadas na ocasião)

De lá para cá, ao menos outros 6 ciclistas morreram no trânsito de Curitiba e nada do grande plano do Ippuc aparecer. Que surpresa macabra…

Coloco o vídeo abaixo como uma forma de protesto, para ilustrar como deve ter sido a reunião em que o Duce decidiu criar a tal Câmara Técnica. Na versão cinematrográfica, entretanto, os ciclistas vencerem a guerra. Na vida real, estamos sendo massacrados.

CLIQUE EM CC NO MENU PARA LER AS LEGENDAS EM PORTUGUÊS
Fonte do vídeo: http://pedaleiro.com.br

Alerta do Blog: Essa pode não ser exatamente uma obra de ficção. Qualquer semelhança com estilos de governar, projetos urbanísticos e acontecimentos reais não terá sido mera coincidência.

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Mobilize-se!

Use as redes sociais para cobrar do prefeito Luciano Ducci a criação de uma ciclofaixa na Avenida das Torres. O Corredor Ciclístico Osmar da Cunha é o mínimo que a Prefeitura de Curitiba pode fazer depois dessas mortes que, repito, não foram acidentais.

Escreva pelo Twitter para @LucianoDucci, usando as hashtags #maistintamenossangue, #naofoiacidente, #ciclofaixajá e #pedalaDucci.

Ligue para o telefone da Prefeitura 156 e peça a a construção de uma ciclofaixa na Avenida Comendador Franco. Você também pode registrar esse pedido pela internet:

“Em decorrência da morte do ciclista Osmar da Cunha, solicito a implantação de uma ciclofaixa em toda a extensão da Av. Comendador Franco (Av. das Torres) para garantir a segurança dos ciclistas, integrando 8 bairros da capital e beneficiando 260 mil moradores que terão segurança para utilizar um meio de transporte sustentável como a bicicleta”.

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Copie e cole o texto acima e preencha o cadastro com seus dados pessoais. A prefeitura gerará um protocolo que deverá ser respondido.

Além disso, ajude a divulgar essa ideia pelo Facebook, Orkut e Blogs. Também cobre do seu vereador a fiscalização da execução do orçamento municipal para construção de ciclovias e ciclofaixas.

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