Numa tentativa de uniformizar a legislação e criar um política nacional integrada na área da ciclomobilidade, um grupo de trabalho formado por parlamentares do Japão propôs a criação de um órgão governamental, com status de ministério, para promover o uso da bicicleta.
O Ministério da Promoção da Bicicleta, se formalizado, vai concentrar a atribuição hoje pulverizada em diferentes órgãos do governo, que muitas vezes criam leis confusas e até mesmo contraditórias. As informações são da revista Bike Europe.
Caberá ao ministério simplificar as leis de trânsito existentes com foco na bicicleta além do desenvolvimento de infraestrutura para uso bicicleta — como ciclovias e estacionamento — além da promoção ao uso deste meio de transporte. A iniciativa também está atrelada aos planos do governo japonês de fazer da bicicleta um efetivo meio de transporte durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
O grupo de trabalho é presidido pelo ex-ministro das finanças, ex-ministro dos transportes e atual Ministro da Justiça, cujo hobby é pedalar longas distâncias, Sadakazu Tanigaki. A proposta elaborada prevê que o ministro da Bicicleta seja obrigatoriamente um ciclista. O próprio Tanigaki vem sendo cotado pelos seus colegas para assumir o selim a cadeira e comandar a nova pasta.
O governo do Japão tem hoje 11 ministérios, que são os órgãos mais influentes do governo. A marca dos ministros japoneses são os resultados e muitos deles são especialistas nas áreas em que atuam.
No outro lado do mundo
Enquanto isso, o Brasil despende anualmente R$ 58 bilhões para manter em funcionamento 39 ministérios — incluindo o da Pesca, o dos Portos e o da Micro e Pequena Empresa. Quase todos são dirigidos por aliados políticos ao governo, para acomodar interesses partidários. O Ministério da Pesca, é comandado por um pastor evangélico. Sua maior experiência na área foi ter pescado lambaris durante a juventude.
Tudo leva a crer que, o brasileiro sim é que é um povo de olhinhos fechados.