Respeito, tolerância e convivência pacífica são bandeiras comuns aos diversos movimentos que gravitam em torno da causa das bicicletas.
Com esses mesmos objetivos, um grupo de ciclistas paulistanos resolveu tirar a bicicleta do armário e pedalar empunhando a bandeira do arco-íris, símbolo internacional do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT).
O São Paulo Gays Bikers (SPGB), formado há cinco anos, usa a bicicleta para promover uma sociedade mais justa, tolerante e mais preparada para a convivência com a diversidade.
O grupo também promove campanhas de luta contra a Aids e para promover a inclusão social de minorias e a preservação do meio ambiente por meio de uma alternativa de mobilidade urbana totalmente ecológica.
“Optamos por assumir um posicionamento de militância apartidária e, mais do que isso, não defendemos a causa gay propriamente (ou exclusivamente), defendemos, sim, a inclusão de todas as minorias: o negro, o gay, o portador de deficiência, o obeso, o idoso, etc. Não somos segregadores, queremos a participação ativa de todos e acreditamos, sobretudo, no diálogo como forma de atingirmos esse nível de entendimento e coexistência”, ressalta o coordenador e organizador do SPGB, Cesar Salvador.
Esse posicionamento, segundo os integrantes, foi consolidado com o tempo e o amadurecimento dos ideais do grupo. “Temos uma visão muito mais humanista e plural atualmente. Acreditamos que o gay, assim como outras minorais, precisa reinvindicar sua valorização por meio do diálogo e do respeito à diversidade. Andamos de bike, mas poderíamos fazer qualquer outra coisa desde que pudéssemos discutir essa que é uma busca de melhoramento social”, destaca o biker Nando Rodrigues.
Entre os eventos regulares que o SPGB participa, estão o passeio anual no Dia da Diversidade Sexual, organizado pela Prefeitura de São Paulo e o passeio no Dia Mundial de Prevenção à AIDS.
Engajamento contra à AIDS
O SPGB acredita que o parceiro, os familiares e os amigos do portador de HIV também precisam de assistência psicossocial para aceitarem e melhor lidarem com a pessoa que têm o vírus. No médio e longo prazo, o grupo pretende atuar ativamente em prol dessa conscientização.
“Andar de bike é só um pretexto que faz bem à nossa saúde, o que queremos mesmo é instigar a sociedade para temas que são do interesse de todos, pois, com ou sem ironia, teremos que conviver juntos. Que seja da melhora maneira possível então”, finaliza Nando Rodrigues.
Serviço
O SPGB se reúne aos finais de semana e quintas-feiras para passeios por vários pontos da capital paulista.
O SPGB não cobra nenhuma taxa de participação ou filiação e não tem ligação político-partidária.
Segundo os organizadores, para participar dos passeios é preciso ter mais de 18 anos, uma bike e usar capacete durante os passeios.
Saiba mais
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