O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) em parceria com a Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), está promovendo nesta semana uma contagem de tráfego e entrevista com ciclistas nas principais avenidas da capital paranaese. O objetivo do censo é coletar dados estatísticos sobre o uso do modal além de mapear as rotas de origem-destino e motivos dos deslocamentos dos usuários de bicicleta.
Os dados devem embasar os projetos cicloviários do Ippuc. O último levantamento oficial dessa natureza foi realizado há cinco anos, mas não contemplou a coleta de dados de origem e destino, informação considerada fundamental para a elaboração de um planejamento cicloviário condizente com as necessidades da população.Naquela ocasião, o Ippuc constatou que entre 1,8% e 2,5% dos deslocamentos diários realizados em Curitiba são realizados com uso de bicicletas. A meta da prefeitura é ampliar esse porcentual para 5% até o fim da atual gestão, em 2016.
Outras ações previstas no plano de governo são: construção de 300 quilômetros de rotas cicláveis ao longo das linhas de ônibus expresso, nas zonas centrais e bairros, dotadas de mobiliário urbano específico; readequação de 120km de passeios e ciclorrotas existentes; criação de Centros de Apoio aos Ciclistas (com sanitários, vestiários, recepção e paraciclos) nos principais pontos de ônibus, escolas, postos de saúde, creches e parques; criação de bicicletários nos principais terminais de transporte coletivo da cidade.
Apenas para efeito de comparação, na cidade de Bogotá 3% dos deslocamentos diários são realizados por bicicletas — o que significa mais de 611 mil carros a menos nas ruas. A capital colombiana tem cerca de 350 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas e o uso do modal é integrado a um sistema público de transporte público eficiente. Os cidadãos bogotanos pedalam, em média, 7 quilômetros por dia, em deslocamentos de 25 minutos. A velocidade média é de 17 quilômetros por hora.
Antecedentes
Uma pesquisa de opinião, realizada no ano passado pela CicloIguaçu, apontou que a falta de conservação nas ciclovias e o desrespeito geral no trânsito são os maiores problemas enfrentados por quem pedala em Curitiba. Esses dois itens foram apontados por 3 em cada 4 ciclistas como os que mais dificultam o uso da bicicleta na cidade. A falta de segurança relacionada à violência urbana é citada por 8% dos entrevistados enquanto o clima e relevo foram apontados por apenas 1%.
Ainda de acordo com o levantamento, a grande maioria (76%) faz da bicicleta um meio de transporte pessoal, seguida por lazer (62%), esporte (35%) e intrumento de trabalho (4%) – a questão permitia mais de uma resposta. A pesquisa da CicloIguaçu foi aplicada através de formulário pela internet e ouviu 573 ciclistas de Curitiba e Região Metropolitana entre os dias 17/7 e 28/7 de 2012.
O perfil médio do ciclista curitibano, de acordo com o levantamento, é formado por homens (67%), estudantes (21%), com idade entre 23 e 29 anos (36%) e que usa a bicicleta de uma a três vezes por semana. A origem dos ciclistas é bem pulverizada entre os diversos bairros da cidade, com maior concentração no centro (13%), São Francisco (10%) e Alto da XV (9%), Água Verde (9%) e Centro Cívico (7%). Os cinco principais destinos são: centro (25%), cidade toda (9%), Água Verde (9%), Jardim das Américas (7%) e Alto da XV (7%). Grande parte dos deslocamentos são feitos entre as 17h e 21 h (61%) e entre as 9h e 13h (42%).
O resultado não tem valor de amostragem científica, servindo apenas como indicadores.
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