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O último post do blog, sobre o modelo de paraciclos apresentado pela Prefeitura de Curitiba, gerou comentários de alguns leitores, que questionaram a falta de originalidade do projeto.

Na blogosfera e redes sociais, não faltaram críticas a “simplicidade” do equipamento – composto por dois arcos afixados ao solo –, considerado a solução “mais preguiçosa”. Mas, afinal de contas, um paraciclo deve ser bonito ou funcional?

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A Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), que participou da reunião de apresentação do projeto, representando os ciclistas, aprovou o modelo por sua funcionalidade.

Particularmente, também gostei da proposta e estou ansioso para vê-la se tornando realidade. A instalação dos paraciclos será executada com a verba de uma emenda parlamentar e, para não “perder” a verba, as obras deverão ser executadas até o fim deste ano.

Como dizem por aí, “o ótimo é inimigo do bom”. Basta lembrar que, da última vez que tentou instalar um equipamento desses, a prefeitura de Curitiba conseguiu virar motivo de piada nacional.

A “inovação” criou o único paraciclo do planeta que, além de feio, não servia sequer para prender uma bicicleta! (Posteriormente, após as críticas negativas, a prefeitura substituiu a “obra de arte” por paraciclos funcionais)

Quem usa a magrela por aqui sabe da dificuldade de encontrar espaço adequado para estacioná-la no centro da cidade, parques e prédios públicos.

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A própria Câmara Municipal, por exemplo, não tem um paraciclo. O que existia, foi removido para “criar mais vagas para os carros”. Que belo exemplo dos nossos vereadores!

Já o novo projeto tende a criar 500 vagas de estacionamento para bicicletas no centro da cidade e nos “eixos culturais”. É um grande avanço para quem até hoje tinha que se contentar em achar um poste qualquer.

Ainda assim, cabe o legítimo questionamento dos que defendem que esse equipamento urbano pode ajudar a tornar a cidade mais bonita.

Não são poucos os exemplos mundo afora de cidades que criaram soluções simples, bonitas e criativas para resolver o problema da falta de estacionamentos para bicicletas.

Fiz uma rápida pesquisa e selecionei alguns modelos de paraciclos e bicicletários ao redor do mundo.

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Confira e opine: para você, os paraciclos devem ser bonitos ou apenas funcionais? Qual seria o melhor modelo para Curitiba?

Nova York

Paraciclos temáticos: cifrão em Wall Street, sapato na Quinta Avenida e forma abstrata em frente ao Museu de Arte Moderna (MoMA).

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Outra proposta de NY dá funcionalidade ao símbolo da bicicleta.

Bogotá

Com mais de 400 quilômetros de ciclovias, a capital colombiana também pensou em uma infraestrutura adequada para os usuários de bicicleta.

Berlim

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Considerada uma das cidades mais “amigáveis” (bike friendly) do mundo, Berlim tem paraciclos em centros comerciais, prédios públicos e locais de grande circulação de pessoas.

Buenos Aires

A capital argentina implantou um dos mais bem sucedidos projetos de mobilidade urbana para bicicletas, chamado Mejor en Bici. Implantação de paraciclos é parte da política de estímulo ao uso da bike.

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Montreal

No inverno, a temperatura média da capital da província de Quebéc é de -10,4 °C. Mesmo assim, a cidade estimula o uso da bicicleta e oferece infraestrutura adequada aos usuários.

Salt Lake City

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Outra cidade que convive com a neve quase 8 meses do ano, Salt Lake City também possui infraestrutura invejável para uso das bicicletas.

Amsterdã

Com a maior frota de bicicletas por habitantes do mundo, capital da Holanda tem estacionamentos públicos “de causar inveja”.