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Prefeitura faz promessas para próxima gestão e requenta notícia de ciclovia na Visconde
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Reprodução/RPC-TV
Avenida Visconde de Guarapuava terá ciclovia, mas só em 2013: promessas para um futuro incerto

Na semana em que dois ciclistas morreram nas ruas de Curitiba e em que a Câmara de Vereadores vetou, com votos da base aliada do prefeito Luciano Ducci (PSB) um aumento nas verbas para infraestrutura cicloviária no orçamento de 2013, a Prefeitura resolveu desenterrar um projeto antigo e requentar a notícia da construção de uma ciclovia na Avenida Visconde de Guarapuava.

Embora o plano de revitalização da via exista desde 2010 e o projeto da ciclovia já tenha sido noticiado em agosto do ano passado pelo Ir e Vir de Bike, a atual gestão apresenta a “novidade” às vésperas do período de campanha eleitoral e promete entregá-la apenas em 2013, quando o Palácio 29 de Março será ocupado pelo prefeito que vencer o pleito em outubro.

De acordo com a Prefeitura, só agora o projeto está pronto, mas sua execução ainda depende do cabeamento subterrâneo e retirada dos postes da Copel.

Também fica para a próxima gestão a responsabilidade de terminar a implantação da ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto entre o Terminal do Carmo e o Terminal do Boqueirão. A obra foi apresentada em 2007 pelo então prefeito Beto Richa (PSDB), mas só foi executada, pela metade, em 2012.

Também fica próxima gestão a responsabilidade de concluir as obras da Linha Verde Norte, até o Atuba, com a implantação de uma ciclovia no local.

Visões de mundo

Em entrevista publicada no jornal Metro Curitiba na última segunda-feira (25), o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), avaliou como um aspecto positivo o crescimento exponencial da frota da cidade.

“[A frota] aumentou bastante, mas não é um fator negativo, é positivo. Aumentou porque a renda do brasileiro melhorou. A frota em Curitiba é a maior do Brasil. Isso se explica pelos indicadores. Maior diminuição da pobreza e miséria, maior renda média, menor taxa de desemprego, mais serviços públicos”, disse Ducci.

A análise contrasta, por exemplo, com a avaliação do ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, que em entrevista à Folha de S. Paulo, no domingo (24), disse: “A cidade avançada não é aquela em que os pobres andam de carro, mas aquela em que os ricos usam transporte público”. O colombiano defendeu ainda que o poder público dificulte o uso do carro, para devolver a cidade às pessoas. “Quando falamos de cidade sem carros, ou com poucos carros, não estamos falando da ilusão de um hippie louco. Estamos falando de cidades que já existem e que são as mais bem-sucedidas do mundo, como Nova York, Londres, Zurique”.

A avaliação do arquiteto Ítalo Stephan também vai no mesmo sentido: “Quando as condições econômicas são favoráveis, as pessoas logo trocam os seus automóveis por outros mais novos, mais potentes, maiores, imponentes. Se puderem, as famílias compram mais uma moto ou outro automóvel. Todo mundo quer ter um automóvel, já que as condições do transporte coletivos nas nossas cidades são lamentáveis. Caminhar é inseguro. Usar a bicicleta é perigoso. Parece não haver solução embora a velocidade do trânsito já seja parecida com a velocidade de caminhar. Nossas cidades já possuem mais rodas do que pernas. Só que as pernas, bem ou mal, vão continuar a andar e as rodas vão parar de rodar.”

Bicicletada

A Bicicletada do próximo sábado será em protesto aos 80 ciclistas mortos no trânsito de Curitiba desde 2009. Participe

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