A cartada de Gilmar Mendes e a viagem de Beto Richa ao exterior

Por Katia Brembatti

Quando começou a circular uma foto de Fernanda e Beto Richa embarcando em um cruzeiro, na Espanha, na terça-feira (19), uma dúvida imediatamente surgiu: mas eles podem viajar para o exterior? A pergunta surge na esteira do caso de Luiz Abi Antoun – também alvo de investigações e de prisão na Rádio Patrulha, operação deflagrada em setembro – que viajou para o Líbano em setembro e até agora não voltou.

Fernanda e Beto Richa nem chegaram a entregar os passaportes para a Justiça. Normalmente esse tipo de medida é tomada quando a prisão é revogada. Também a obrigatoriedade de comunicar viagens costuma constar no processo de soltura. No caso dos dois, a forma como conseguiram a liberdade também os liberou de qualquer cerceamento de viagens. Quando o ministro Gilmar Mendes deu um salvo conduto para os investigados na operação, determinando a soltura de todos os presos, possibilitou que eles circulassem, no Brasil e no exterior, sem a necessidade de pedidos de autorização.

O retorno de Fernanda e Beto Richa ao Brasil é esperado no dia 6 de dezembro.

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