Um dia após o site The Intercept Brasil publicar quatro reportagens com base em conversas atribuídas ao então juiz Sérgio Moro e procuradores que atuam na Operação Lava Jato, deputados paranaenses foram às redes sociais manifestar sua opinião sobre o fato. As conversas que, segundo o Intercept, indicam haver colaboração entre o juízo e a acusação geraram críticas à Lava Jato por parte da bancada e também ensejaram a defesa da operação por parte de outros deputados.
Em seu Twitter, Ricardo Barros (PP), que vem fazendo seguidas críticas à atuação do Ministério Público aproveitou o momento para pedir a votação da Lei de Abuso de Autoridade.
“Os fins não justificam os meios.” É a operação lava-jato provando seu próprio veneno. Intercept nos lembrando que garantias individuais cravadas em nossa constituição devem ser respeitadas, e que a lei de abuso de autoridade precisa ser votada já.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) 10 de junho de 2019
OAB- conselho federal reunido. Esperamos a defesa intransigente dos direitos individuais que a constituição nos garante. Ninguém está acima de ninguém. Os fins não justificam os meios. Votar a lei de ABUSO DE AUTORIDADE JÁ.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) 10 de junho de 2019
Aliel Machado (PSB) usou sua conta no Twitter para defender a investigação do caso.
Essa denúncia é muito grave. Esse assunto deve ser investigado com isenção. Se queremos um país justo, com instituições fortes e democracia plena, as leis precisam ser respeitadas. Sem paixões e sem partidarismo. https://t.co/nHSJ4Togji
— Aliel Machado (@alielmachado) 10 de junho de 2019
Os deputados petistas foram os que mais criticaram a atuação da Lava Jato com base nas reportagens publicadas.
O que @theintercept divulgou é um escândalo sem precedentes, envolvendo Moro e Dallagnol , que agiram intencionalmente e de forma premeditada para prender Lula e influenciar nos resultados das eleições presidenciais de 2018. Crime!#VazaJato #LulaLivre
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) 10 de junho de 2019
Moro fere o princípio de imparcialidade previsto na Constituição e no Código de Ética da Magistratura, além de desmentir a narrativa dos atores da Lava Jato #MoroCriminoso
— Enio Verri (@enioverri) 10 de junho de 2019
Moro e Dallagnol feriram a Constituição brasileira, que estabeleceu o sistema acusatório no processo penal, no qual as figuras do acusador e do julgador não podem se misturar. #MoroCriminoso
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 10 de junho de 2019
Outros deputados usaram as redes sociais para atacar a divulgação de conversas privadas e defender a Força Tarefa da operação Lava Jato e o agora ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Uma coincidência gigantesca os celulares de Moro e do Desembargador Relator da Lava Jato serem invadidos por hackers e, logo em seguida, o site de esquerda "The Intercept" divulgar supostas mensagens de membros da força tarefa.
— Filipe Barros (@filipebarrost) 9 de junho de 2019
Eu não consumo acreditar em coincidências.
Os vazamentos de mensagens trocadas entre membros da Lava Jato merecem grande atenção. As mensagens foram interceptadas de forma ilegal e certamente não é obra de amador. Provavelmente há estruturas sólidas por trás. Provavelmente, estruturas vermelhas.
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) 10 de junho de 2019
O senador Alvaro Dias (Podemos), apoiador de primeira hora da Lava Jato, publicou uma imagem de defesa da operação em seu Twitter.
Eu apoio, e você? #LavaJato #ADComunicação pic.twitter.com/1pHiWETLYL
— Alvaro Dias (@alvarodias_) 10 de junho de 2019
Ainda na noite de domingo (9), os procuradores da Lava Jato divulgaram um nota em que denunciam a invasão de celulares de procuradores do MPF no Paraná por um hacker. O documento afirma que, além de "cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho", alguns membros da força-tarefa tiveram sua identidade "subtraída".
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