Guarda Municipal escolta caminhão tanque até as garagens das empresas de ônibus (Foto: divulgação)| Foto:

O sistema de transporte coletivo de Curitiba costuma sofrer com qualquer situação atípica na cidade: chuva forte, Atletiba na final do paranaense ou comício do ex-presidente Lula; qualquer uma dessas intempéries parece ser suficiente para travar o sistema de ônibus. Por isso, a falta de combustível que começou a assolar a cidade na quarta-feira (23) em decorrência da greve dos caminhoneiros prenunciou mais um período de caos para quem precisa dos ônibus – e até para quem acha que não precisa.

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Entretanto, uma ação rápida e assertiva comandada pela prefeitura e feita em conjunto com as empresas operadoras do transporte coletivo e as forças de segurança escoltou caminhões tanque e permitiu a entrada de cerca de 300 mil litros de combustível nas garagens de ônibus. A ação garantiu a regularidade no transporte coletivo em um dia de caos na cidade.

Isso não é pouco. Regularidade é um dos pilares do sistema de transporte coletivo. Sem a certeza de que o ônibus vai passar, o passageiro busca outras formas de se deslocar e agrava ainda mais a queda do número de passageiros que desequilibra as finanças do transporte. A ação da prefeitura transformou um momento que poderia arranhar ainda mais a imagem pública do transporte coletivo de Curitiba em uma oportunidade para mostrar que é possível ter um sistema sólido e regular, que funciona mesmo diante de intempéries.

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A medida da prefeitura veio em boa hora. Além de todas as dificuldades que o sistema vem enfrentando nos últimos anos, há agora a concorrência dos aplicativos de transporte. Hoje mesmo há uma das empresas que fornecem esse serviço oferecendo vultuosos descontos aos passageiros. Um colapso no sistema entregaria uma parcela dos usuários do transporte coletivo de bandeja para os aplicativos.

De quebra, além dos ônibus, a operação feita na madrugada desta quinta-feira garantiu o abastecimento das ambulâncias do Siate, Samu e dos veículos da Polícia Militar.

Como foi planejada a ação

Fontes extraoficiais relatam que na tarde de quarta-feira o prefeito Rafael Greca (PMN) chamou o presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo, Mauricio Gulin, para saber sobre os estoques de combustível nas garagens. Após saber ser informado sobre o risco de falta de diesel, foi realizada uma reunião com representantes da Urbs, das empresas de transporte, da Guarda Municipal, da Guarda Municipal, do Exército e das polícias Militar e Rodoviárias Federal.

Na reunião foram discutidos detalhes da operação para fazer a escolta de caminhões-tanque até as garagens das empresas. A conversa na prefeitura foi até às 20h. Do Palácio 29 de Março, o grupo foi para a sede da Secretaria de Segurança Pública, de onde foi comandada a operação. Durante a madrugada, os relatos eram repassados em um grupo de WhatsApp do qual participavam os representantes das instituições envolvidas na ação.

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