Algo mudou no eixo que estruturou a política paranaense nos últimos oito anos. Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (MDB), que nas últimas eleições foram os pilares que sustentaram os dois principais grupos políticos do Paraná, foram de cortejados em outros pleitos a cortejadores em 2018.
O senador Roberto Requião passou boa parte do período de costuras pré-eleitorais tentando costurar uma coligação com o pedetista Osmar Dias. Poucos dias antes do fim do período de definição das alianças, a coligação não prosperou e ao que tudo indica o MDB deve sair sozinho em uma campanha que terá o deputado federal João Arruda, sobrinho de Requião, na disputa pelo governo do Paraná.
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A posição do MDB foi criticada até dentro do próprio partido. O prefeito da Lapa, Paulo Furiati, reclamou da espera da legenda pela decisão de Osmar. “O partido está nesse marasmo, aguardando mão de esmola para fazer aliança”, disse em um discurso durante a convenção do partido, no sábado (21).
No PSDB a situação é parecida. A coligação com o PP de Cida Borghetti e Ricardo Barros que parecia certa foi se complicando ao longo do caminho e agora os tucanos estão à espera de uma resposta do grupo da governadora.
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“Estamos nesse momento aguardando definições de coligações partidárias, de um grupo que nos acompanha há muitos anos e em muitas eleições […] Se for o desejo da consolidação dessa aliança, nos próximos dias, ou nas próximas horas estaremos nas urnas defendendo todos os nomes que por ela forem indicados, inclusive da minha vice-governadora e hoje governadora, Cida Borghetti”, afirmou Richa em seu discurso na convenção tucana, realizada na quarta-feira (1).
Caso PSDB e PP não fechem a aliança, os tucanos devem sair sozinhos tendo como principal objetivo eleger Beto Richa ao Senado.
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