Com informações de Célio Yano
Na primeira declaração pública sobre o corte de recursos federais que retirou R$ 48 milhões do orçamento da Universidade Federal do Paraná, o governador Ratinho Junior (PSD) foi evasivo e evitou o confronto com seu aliado Jair Bolsonaro (PSL). Ao repórter Célio Yano, desta Gazeta, ele disse na manhã de segunda-feira (6) que “ainda não foi procurado por ninguém”, mas que está à disposição para ajudar no que for possível.
Apoiando-se em um discurso estritamente legalista, o governador disse que considera o corte de recursos das instituições superiores uma discussão importante, mas que não se envolveu até agora porque sua maior preocupação são as universidades estaduais, que são responsabilidade do governo do Paraná.
OPINIÃO DA GAZETA: As polêmicas do MEC continuam
O posicionamento de Ratinho parece frustrar a tentativa de autoridades da UFPR de conseguir no governador apoio político para tentar dissuadir o Ministério da Educação de efetuar os cortes.
Em relação às universidades estaduais, Ratinho disse que se reuniu recentemente com todos os reitores e que considera importante a contribuição que as instituições dão para a sociedade, mas que a eficiência da gestão também deve ser levada em conta. Segundo ele, um estudante de universidade pública custa o dobro de um estudante de universidade particular. Questionado se há previsão de corte de verbas para as universidades estaduais, ele respondeu que cumprirá o que está previsto dentro do orçamento.
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