Deputado Ricardo Arruda (PSL) (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)| Foto:

A edição de segunda-feira (11) do Diário Oficial do Estado traz a nomeação de Rodrigo Miranda Arruda Nunes para o cargo de gerente na Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar), que é responsável por regular as tarifas de pedágio, o preço da travessia do ferryboat no Litoral e a fatura de água e esgoto no estado. Rodrigo é filho do deputado estadual Missionário Ricardo Arruda (PSL) e no cargo DAS-1 para o qual foi nomeado vai receber um salário de R$ 10,9 mil por mês.

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Anteriormente, Rodrigo Nunes havia sido nomeado para o cargo de diretor da Agepar, entretanto, o decreto foi republicado e o cargo alterado para gerente. O filho do deputado assume no lugar de Wilson Kuster Filho, servidor de carreira do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) desde 1977, segundo dados do Portal da Transparência.

Entenda melhor o que faz a agência para a qual o filho do deputado foi nomeado.

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Procurado, o governo do Paraná não comentou a escolha do filho do parlamentar para ocupar o cargo em comissão. Já o deputado Ricardo Arruda negou ter tido qualquer influência na nomeação.

“Não tem interferência. Geralmente, eu pego todos os telefones e endereços para ele encaminhar o e-mail e os currículos, e como houve uma mudança de governo, a gente sabia que ia ter vaga disponível. Isso é normal”, explicou o deputado.

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Segundo ele, seu filho foi escolhido após um processo seletivo normal.

“De todas as empresas que ele entregou o currículo, a Agepar chamou ele para fazer um teste com ele e escolheu ele. Eu fico contente porque vou ter alguém de confiança hoje que vai ter todas as informações necessárias, que a Agepar controla praticamente todas as empresas do governo. Para mim é uma fonte de alimentação bem real e concreta dessa política, infelizmente, mentirosa que a gente vive em nosso país”, afirmou o deputado que disse ainda acreditar que com pessoas com a mesma competência técnica de seu filho, menos fraudes e erros acontecerão na administração pública.

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O deputado ainda criticou nomeações de indicados políticos para cargos técnicos.

“Eu, como estou no primeiro mandato e venho da iniciativa privada, o que eu vivo dizendo é que o governo tem que parar de indicar pessoas erradas por amizade, ou porque é puxa-saco ou porque ajudou na campanha. A gente tem que por gente técnica em cada função”.

Arruda ainda defendeu o currículo do filho. Segundo ele, aos 25 anos, Rodrigo é formado em administração de empresas pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, trabalhou por três anos e meio na Microsoft e tem pós-graduação na Universidade de Bradford, na Inglaterra.

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