O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) começou a última semana com a inglória tarefa de minimizar o corte nos orçamentos de universidade federais anunciado pelo Ministério da Educação. Instado a se posicionar por lideranças políticas e por pessoas ligadas à Universidade Federal do Paraná, o governador recorreu a formalidades e ao esvaziamento político de seu discurso para evitar um choque com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Esse percalço na defesa do governo federal foi compensado poucos dias depois, na sexta-feira (10), quando Bolsonaro visitou o Paraná.
Nas agendas que fez em Curitiba e em Foz do Iguaçu, Jair Bolsonaro anunciou medidas para duas áreas que são centrais no discurso e nas promessas da gestão Ratinho Junior: segurança e infraestrutura.
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Em Foz do Iguaçu, Bolsonaro e Ratinho – acompanhados do presidente paraguaio Mario Abo Benítez, do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e de toda a comitiva de autoridades federais e estaduais – fizeram mais um evento para assinar convênios para a construção da segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai. Na cerimônia, formalizaram a posição do Paraná como gestor da obra e definiram que os trabalhos começam no mês de junho.
Ratinho, colhendo os louros da proximidade com o governo federal, comemorou: “É um dia histórico para o Paraná e o Brasil, após mais de 50 anos, nos unirmos em um projeto que vai mudar a história da mobilidade desses dois países”, afirmou o governador. “Será a ponte com maior vão-livre do País e vem ao encontro do projeto de logística que planejamos para o Paraná”, afirmou.
Algumas horas após o evento na fronteira, toda a comitiva foi para Curitiba para anunciar o início das atividades do Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública da Região Sul (CIISP-Sul). A estrutura funciona na sede da Secretaria de Segurança Pública e contou com investimento federal de R$ 15 milhões. No local trabalham agentes de segurança dos três estados do Sul.
A agenda presidencial no Paraná deixou claro para a equipe de Ratinho que o apoio à errática gestão de Bolsonaro pode ter seus momentos de dificuldade, mas que para um governador poucas coisas podem ser benéficas como ter um aliado no Palácio d o Planalto.
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