Senadores do Paraná reunidos em plenário| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Era esperado que após a substituição de Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (MDB) por Flavio Arns (Rede) e Oriovisto Guimarães (Podemos) a bancada paranaense no Senado ficasse mais homogênea. Os novos senadores têm posições políticas alinhadas entre si e também têm visão muito próxima à de Alvaro Dias (Podemos), que exerce a segunda metade de seu mandato no Senado Federal. Depois de decorridos mais de oito meses da atual legislatura, a posição dos três em relação aos projetos que foram votados em plenário mostram um cenário de concordância quase absoluta na bancada paranaense.

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Dos 31 projetos de lei que chegaram ao Plenário até o dia 3 de setembro – descartadas as indicações de embaixadores, diretores de autarquias e outros, que têm votação secreta – os paranaenses não discordaram em nenhum voto. O placar só não é de absoluta homogeneidade porque em algumas votações a bancada esteve desfalcada por motivos de saúde ou representação em viagens e eventos oficiais.

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A bancada paranaense votou unida até nos projetos menos consensuais no Senado. Um exemplo é a PEC 82, de autoria de Oriovisto Guimarães. O projeto que pretendia disciplinar pedidos de vista e decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal foi rejeitado, mas a bancada paranaense votou pela aprovação.

Segundo o senador Oriovisto, não existe uma articulação para que a bancada estadual vote unida. A coesão é, segundo ele, mais fruto da afinidade ideológica e do bom relacionamento. Oriovisto relata que mesmo no caso dele e do senador Alvaro Dias, que são do mesmo partido, não há uma determinação para que a bancada vote da mesma forma.

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A leitura de Flavio Arns sobre a afinidade da bancada é semelhante.

“A gente tende a ter o pensamento numa mesma direção e, apesar de sermos de partidos diferentes, conversamos bastante sobre as votações, principalmente as mais polêmicas, e percebemos mais uma sintonia de pensamentos que uma divergência”, avalia.

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A análise de Alvaro é que essa convergência é fruto de visões políticas semelhantes e de conversas entre os parlamentares.

“É uma identificação política que faz essa convergência. Sempre conversamos e consultamos um ao outro. O Flávio, que é de outo partido, sempre conversa conosco e buscamos estabelecer certa unidade paranaense”, explicou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]