A aprovação do pacote de ajuste fiscal na Câmara de Curitiba em junho de 2016 é a prova cabal de que o prefeito Rafael Greca (PMN) conseguiu articular um sólido apoio na Câmara Municipal. Não é qualquer base que resiste a invasões ao plenário e pressão incessante em eventos políticos. Após os atribulados dias do ajuste, o bloco governista parecia consolidado e pronto para chegar até o fim do mandato. Mas a situação mudou nos últimos dias.
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O que tem causado o atrito entre alguns dos mais influentes vereadores da base é o fato de a prefeitura estar pagando emendas feitas por parlamentares da oposição e não estar pagando todas as dos vereadores aliados. Os governistas estão inconformados porque esperavam colher benefícios da proximidade com a prefeitura após terem sido leais na votação do ajuste fiscal. A leitura dos vereadores é de que a oposição está colhendo os mesmos benefícios sem ter passado pelo mesmo sacrifício.
Uma das emendas que causou o desentendimento foi a liberação de R$ 10 mil para comprar brinquedos em um CMEI por indicação do vereador Marcos Vieira, da oposição. Ele argumenta que caso a prefeitura não pague as emendas da oposição estará deixando de prestar um serviço à população, não aos oposicionistas.
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Como forma de pressão sobre o Executivo, a base encaminhou por meio da Comissão de Economia, Fiscalização e Finanças uma solicitação formal à prefeitura para que mande o relatório de execução das emendas parlamentares.
Como 65% dos vereadores são candidatos nas eleições de ano, o período eleitoral tem acirrado ainda mais os atritos porque os que não tiveram emendas pagas se sentem em desvantagem na disputa.
Por enquanto os desentendimentos não devem gerar prejuízos à prefeitura já que projetos que podem gerar debates mais acalorados não estão indo ao plenário. Isso deve voltar a acontecer após as eleições, quando a Lei de Zoneamento entrar no foco dos vereadores.
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