Deputado federal Boca Aberta.| Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados

No fim de agosto, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade de duas denúncias contra o deputado paranaense Boca Aberta (Pros). Para dar continuidade ao processo, o parlamentar precisava ser notificado. Após três tentativas frustradas de fazer a notificação pessoalmente, o presidente do conselho teve de fazê-lo via edital publicado no Diário Oficial da Câmara, na quinta-feira, 29.

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Segundo o documento, Boca Aberta foi procurado duas vezes e não foi encontrado. Na terceira vez ele se negou a receber a notificação, o que atrasou o início da contagem de prazos do processo.

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A partir da notificação, feita no dia 29 de agosto, o parlamentar tem dez dias úteis para apresentar defesa escrita, indicar provas, arrolar testemunhas e apresentar os documentos que julgar necessários.

Boca Aberta negar ter recusado receber a notificação e diz que vai ao Supremo Tribunal Federal para tentar impedir a tramitação da investigação. Segundo ele, há erros processuais que anulam os atos do procedimento. Ele insiste na tese de que a denúncia é uma articulação com o objetivo de atrapalhar suas pretensões eleitorais.

O processo por quebra de decoro é decorrente de uma representação do deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que preside a Frente Parlamentar da Medicina. Em março de 2019, Boca Aberta foi a um hospital na cidade de Jataizinho, na região de Londrina, durante a madrugada. Acompanhado de assessores ele gravou um vídeo imputando irregularidades ao médico pelo fato de ele estar dormindo durante seu plantão. No momento em que Boca Aberta chegou ao hospital, entretanto, não havia pacientes aguardando atendimento.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

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