Formalmente, quem escolhe o diretor-geral da Usina Hidrelétrica de Itaipu é o Presidente da República. Não raro, entretanto, a definição do presidente ratifica indicações de forças políticas do Paraná. Foi assim quando Michel Temer nomeou Luiz Fernando Leone Vianna por indicação do governador Beto Richa (PSDB) e também quando, ao substitui-lo, acatou o nome de Marcos Stamm – atual diretor-geral – indicado pelo MDB do Paraná, especificamente pelo grupo do ex-governador Orlando Pessuti.
Com Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República e Ratinho Junior (PSD) no governo do Paraná, a escolha do comandante da hidrelétrica binacional deve seguir o mesmo modelo: Ratinho indica e Bolsonaro nomeia.
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Apesar de o mandato do atual diretor-geral ir até maio de 2022, o Anexo “A” do Tratado de Itaipu prevê que “a qualquer momento os governos poderão substituir os Membros da Diretoria Executiva que houverem nomeado”.
Mesmo que pessoas ligadas ao governador eleito sustentem que esse tema não é prioritário para Ratinho, parlamentares próximos ao futuro comandante do Palácio Iguaçu dizem que existe a possibilidade de um militar ser escolhido para o cargo, o que agradaria a Bolsonaro.
Conforme o repórter Euclides Lucas Garcia mostrou nesta Gazeta, o diretor-geral brasileiro da hidrelétrica binacional de Itaipu recebe mensalmente R$ 69.656,35 – em valores brutos. A informação permanecia em segredo, mas veio a público por pressão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados no ano passado.
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