A política não é terra de certezas, mas uma das apostas mais seguras nesse ambiente é que o Partido Progressista estará sempre ao lado do governo. Ricardo Barros, o grande nome do partido no Paraná e um dos principais articuladores nacionais da legenda nunca escondeu essa opção. Poucos dias após a derrota de Cida Borghetti (PP) para Ratinho Junior (PSD) na disputa pelo governo do Paraná, já começam os movimentos para que os grupos políticos sejam aliados na Assembleia Legislativa.
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As negociações em curso escacaram o óbvio: Ratinho e Cida são parte do mesmo grupo político e o fato de terem sido adversários nessas eleições foi muito mais circunstancial que estrutural. Não há uma divisão ameaçadora na grande coalizão partidária e familiar que vem governando o estado nos últimos anos. É, de fato, difícil imaginar a deputada estadual Maria Victoria (PP), filha do casal Borghetti/Barros, dividindo a tribuna de oposição com os parlamentares petistas.
Deputados ligados à governadora confirmam as negociações. A frase de justificativa se repete: “é tudo o mesmo grupo”.
Um dos principais sinais dessa aliança é o encontro marcado para a manhã desta quarta-feira (17) no Palácio Iguaçu. Em uma reunião fechada, Cida e Ratinho vão discutir a transição entre os governos. Se concretizada, a aproximação deve trazer bons resultados para a passagem de comando do estado. Esses momentos geralmente são marcados por tensões e acusações de sonegação de informações. Esse pode ser um bom caminho para evitar o cenário de terra arrasada que novos governantes costumam pintar logo que assumem o poder.
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