Logo após sua vitória nas eleições de 2016, o prefeito Rafael Greca (PMN) literalmente segurou as mãos do governador Beto Richa (PSDB), num ato que simbolizava a reintegração do transporte coletivo de Curitiba com a Região Metropolitana. A reintegração está vindo em doses homeopáticas, mas Richa e Greca seguem de mãos dadas em diversas áreas da gestão municipal.
O governo tem liberado recursos num volume que há tempos não era visto na capital: vieram, por exemplo, R$ 65 milhões para asfalto; R$ 116 milhões para viadutos e trincheiras na Linha Verde e R$ 4 milhões para uma compra emergencial de medicamentos três dias após Greca assumir a prefeitura.
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Agora, com Beto fora do governo e de olho em uma cadeira no Senado Federal, Greca deve retribuir a solicitude que Richa teve com sua gestão. Não deverá causar estranheza se nos palanques e inaugurações que fizer pela cidade Greca prestar deferências a Richa sob o pretexto de gratidão.
Esse apoio de Greca será valioso para Richa. Em Curitiba, a aprovação do governador tem sempre ficado abaixo dos índices registrados no restante do estado. Conquistar eleitores na capital do estado, região que concentra o maior número de eleitores e onde Richa trilhou sua carreira política é indispensável para que o governador consiga uma cadeira no Senado.
Por outro lado, não se sabe exatamente como vai a aprovação de Greca, mas certamente medidas como o congelamento da tarifa de ônibus em 2018, o começo da renovação da frota e o intenso trabalho de pavimentação de ruas deve ter reflexo positivo na imagem do prefeito.
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