Quem andava pelos corredores do Congresso Nacional nesta terça-feira (10) tinha mais chance de encontrar autoridades paranaenses que quem os procurasse pelos prédios da Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, em Curitiba. O governador Ratinho Junior (PSD), o prefeito Rafael Greca (PMN) e os principais secretários da prefeitura e do governo do estado estavam todos em Brasília.
Enquanto os servidores estaduais ocupavam a Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, exigindo reposição salarial, o governador falava a um grupo de senadores sobre a necessidade de que estados e municípios sejam incluídos na reforma da previdência. Como a articulação não deu certo com os deputados federais, os governadores se adiantam e agora tentam convencer os senadores, que analisarão a reforma depois de aprovada na Câmara.
Como costuma acontecer nessas ocasiões, Ratinho não veio sozinho a Brasília. Na comitiva estavam o secretário de Planejamento, Valdemar Bernardo Jorge, e o da Fazenda, Renê Garcia Junior – dois nomes fundamentais na discussão do reajuste aos servidores.
A tentativa de incluir municípios na Reforma também foi um dos motivos que levou uma comitiva da prefeitura de Curitiba à capital federal. No grupo de Greca vieram os secretários de Governo, Luiz Fernando Jamur; Saúde, Márcia Huçulak; e o líder do governo na Câmara de Curitiba, Pier Petruzziello (PTB). Ao grupo juntou-se o secretário de Finanças, Vitor Puppi, que já estava em Brasília representando a Associação Brasileira de Secretarias de Finanças, também com o objetivo de incluir municípios na reforma.
Quando perceberam que o lobby não surtiria efeito, os integrantes da comitiva municipal mudaram os rumos e focaram em reuniões com a bancada paranaense para pedir que destinassem dinheiro para Curitiba por meio das emendas parlamentares.
A invasão paranaense ensejou alguns momentos curiosos. No corredor que liga o plenário às salas de comissões, o deputado Gustavo Fruet (PDT) encontrou por acaso o secretário de Finanças, Vitor Puppi. Logo que Greca assumiu a prefeitura, ele e Puppi não economizaram críticas à situação fiscal deixada pela gestão de Fruet. Mesmo com esse histórico, os dois trocaram cordatas impressões sobre os rumos da votação da reforma.
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