Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa (PSDB).| Foto:

No despacho em que determinou a abertura de inquérito para apurar se o governo do Paraná favoreceu a Odebrecht na licitação para a duplicação da PR-323, o juiz Sergio Moro citou um trecho da delação de um ex-executivo da companhia que envolve o ex-chefe de gabinete do governador Beto Richa (PSDB), Deonilson Roldo.

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O nome de Roldo está envolvido em suspeitas de favorecimento à Odebrecht em troca de doações para a campanha de reeleição do ex-governador desde a quinta-feira (10), quando veio a público um áudio gravado em 2014 de uma conversa em que ele supostamente tenta dissuadir a construtora Contern de participar do certame para a duplicação da rodovia no Noroeste do Paraná.

De acordo com o despacho de Moro, o delator Luiz Antônio Bueno Júnior afirmou que negociou com Roldo o favorecimento a Odebrecht em troca de financiamento eleitoral.

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“Em relato, afirma que teria solicitado ao Chefe de Gabinete do Governador, Deonilson Roldo, o apoio para que possíveis interessados na licitação, como a CCR e a Viapar, não concorressem ao certame. Teria recebido dele a informação de que ele poderia ajudar e que ele ‘contava com o apoio da Companhia [Odebrecht] para a campanha de reeleição do governador em 2014’”, escreveu Moro.

Ainda no despacho, o juiz afirmou que se os fatos apresentados na delação forem confirmados, haveria elementos suficientes para justificar a competência da Justiça Federal sobre o caso, e não da Justiça Eleitoral, como pretende Beto Richa.

Questionado se foi procurado por Deonilson Roldo ou algum outro representante do governo do Paraná, o Grupo CCR informou que não tem conhecimento dos fatos mencionados. O blog não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Viapar.

Deonilson Roldo afirmou que jamais recebeu qualquer pedido da Odebrecht nesse sentido e nunca falou sobre esse assunto com a CCR e a Viapar.

 

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