O péssimo desempenho nas eleições presidenciais de 2018 foi um duro golpe na carreira política de Alvaro Dias. Na pré-campanha, analistas políticos e interlocutores do senador estimavam que no Paraná ele poderia superar 25% dos votos. No dia 7 de outubro, entretanto, quando as urnas foram abertas Alvaro tinha apenas 0,8% dos votos em todo o Brasil. No Paraná, seu desempenho foi um pouco melhor e ele chegou a 5,2%, ainda muito distante do esperado.
Menos de quatro meses após a derrota, Alvaro parece estar novamente em um bom momento de sua carreira política.
Nas conturbadas sessões plenárias para a escolha do presidente do Senado, o paranaense, que havia lançado sua candidatura, abriu mão da disputa para evitar a pulverização de votos que poderia fortalecer a candidatura de Renan Calheiros. Com a atitude, além de se aproximar do novo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, ele marcou a posição do Podemos – partido do qual é líder – como uma legenda favorável ao voto aberto e contrária ao que hoje se convenciona chamar de velha política, algo que no Senado Federal parece ter a figura de Renan Calheiros como principal expoente.
Com esse posicionamento e com conversas outros senadores, Alvaro conseguir aumentar de cinco para oito o número de senadores do Podemos.
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Desde o início do ano, passaram a integrar a bancada os senadores Eduardo Girão, que saiu do Pros; Lasier Martins, vindo do PSD; e Capitão Styveson, ex-Rede.
Com isso, a bancada do Podemos já é a terceira maior do Senado. Alvaro não esconde que o objetivo é superar o MDB, que tem 12 senadores, e ser a maior legenda da Casa. Nos corredores do Senado já se comenta que o próximo parlamentar a ir para o Podemos será Reguffe, do Distrito Federal, que se elegeu em 2014 pelo PDT, mas desde 2016 está sem partido. Mais uma vez, quem tem feito as conversas é Alvaro Dias.
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