Os 22 partidos que têm direito à liderança na Câmara Federal já indicaram seus líderes. Entre os nomes, apenas uma mulher: a deputada federal pelo Paraná Leandre da Ponte, do Partido Verde, que estará à frente de uma bancada composta por quatro parlamentares.
O líder tem papel fundamental na articulação política e na representação do partido. No colégio de líderes são decididas questões importantes como, por exemplo, a pauta das sessões.
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Leandre, que está em seu segundo mandato na Câmara Federal, disse estar honrada com a liderança, mas gostaria que mais mulheres ocupassem carga de decisão em toda a sociedade.
“Houve um aumento significativo de mulheres nesta legislatura. E acredito que, naturalmente, outras mulheres vão assumir lideranças partidárias no futuro, pois as deputadas que chegaram têm um perfil forte de liderança. Exemplo desta força foi a eleição da deputada Soraya Santos para 1ª secretária da Mesa Diretora, resultado de um trabalho e união da bancada feminina”, afirmou Leandre.
A escassez de mulheres na liderança contrasta com o crescimento no número de deputadas eleitas em 2018. Na comparação com 2014, o número de mulheres eleitas cresceu 51% e chegou a 77, o equivalente a 15% das cadeiras.
De acordo com uma resolução da Câmara, para ter direito à liderança os partidos devem ter superado a clausula de barreira nas últimas eleições. Cumprem esse quesito as legendas que obtiveram, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 dos estados; ou tiverem elegido ao menos nove deputados federais também distribuídos em 1/3 dos estados. O PV elegeu apenas quatro deputados, mas recebeu 1,7% dos votos distribuídos de acordo com o que exige a legislação.
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