Os procuradores federais que integram a força-tarefa da Lava Jato deram parecer contrário ao pedido de remoção do ex-presidente Lula (PT) da superintendência da Polícia Federal em Curitiba. No documento feito em resposta ao pedido protocolado pela Procuradoria Geral do Município de Curitiba, os procuradores afirmam que como houve um acordo para retirada do acampamento das proximidades da sede da PF, o pedido ficou sem objeto.
Além disso, segundo os procuradores, “neste atual momento, à princípio, é difícil afirmar a existência de outro local no estado do Paraná que possa garantir o controle das autoridades federais sobre as condições de segurança física e moral do custodiado”.
Como o pedido de remoção também foi feito pelo deputado estadual Felipe Francischini (PSL), os procuradores, no mesmo documento, recomendaram o indeferimento da solicitação do parlamentar.
“Com a devida venia, pelos mesmos fundamentos, impõe-se o indeferimento do pedido do Deputado Felipe Francischini, que já exerceu o “munus” de Secretário de Segurança Pública no Estado do Paraná, e certamente sabe que é ônus daquela Secretaria manter a incolumidade e paz pública”, escreveram os procuradores, entre eles Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima.
Quem exerceu essa função, entretanto, foi Fernando Francischini (PSL), deputado federal e pai de Felipe, o parlamentar estadual que fez o pedido. Fernando Francischini foi secretário de Segurança Pública na gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB).
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