Nos últimos meses, a base do prefeito Rafael Greca (PMN) na Câmara de Curitiba vinha dando sinais de desgaste. A origem da insatisfação dos vereadores era o fato de o Executivo não estar pagando as emendas parlamentares no volume desejado pelos aliados. Vereadores reclamavam com o líder e faziam seguidos requerimentos pedindo informações sobre a situação da liberação dos recursos. O apoio parecia suficientemente estremecido a ponto de complicar a aprovação de projetos de interesse da prefeitura.
A folgada aprovação do reajuste de 3% aos servidores municipais, entretanto, deixou claro que independente das reclamações, a base é sólida.
O reajuste considerado baixo pelos servidores foi alvo de uma manifestação organizada pelos sindicatos de funcionários públicos municipais. O protesto não teve a mesma dimensão daqueles registrados em 2017 durante a análise do pacote de ajuste fiscal, mas ainda assim colocou, novamente, na desconfortável situação de realizar uma sessão plenário sob gritos e palavras de ordem de servidores.
Aprovado com 27 votos favoráveis e 10 contrários, o projeto mostra que mesmo após a aprovação de uma sequência de projetos rechaçados pelos servidores, Greca parece ter perdido apenas dois nomes em sua base de apoio: as vereadoras Maria Letícia (PV) e Katia Dittrich (SD).
As reclamações da base com a prefeitura começaram após boa parte dos vereadores, especialmente os da base aliada, terem obtido poucos votos na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa. Muitos deles atribuíram a performance ruim à impopularidade das medidas enviadas pela prefeitura à Câmara.
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