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João Frey

João Frey

Orçamento da União

Saiba o destino dos R$ 247 milhões em emendas a que o Paraná tem direito

Fachada do Congresso Nacional. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Terminou na noite de quinta-feira (24) o prazo para que a bancada do Paraná apresentasse o destino dos R$ 247 milhões em emendas impositivas ao Orçamento da União a que o estado tem direito. Com o baixo orçamento para investimentos da União em 2020, o recurso das emendas é fundamental para garantir obras e aquisições no estado. Os 30 deputados e três senadores do Paraná optaram por enviar o recurso para 11 destinos diferentes. As emendas impositivas são de execução obrigatória, ou seja, devem ser cumpridas pela União.

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Como essas emendas não são individuais, mas de bancada, seu destino foi acordado entre todos os parlamentares do Paraná, sob a coordenação do deputado Toninho Wandscheer (Pros).

No começo de outubro, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) esteve reunido com a bancada paranaense na Câmara para pedir que essas emendas fossem destinadas a projetos prioritários em que o estado tem interesse, mas não tem capacidade de investir. Os deputados acolheram boa parte das sugestões do governo. A maioria das emendas foi para ações em que o governador se comprometeu a colocar dinheiro estadual caso houvesse aporte federal.

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No caso da aquisição de ônibus escolares e equipamentos para agricultura, por exemplo, que respondem por 48% do total das emendas, a cada dois reais de dinheiro federal o governo do estado se comprometeu a aportar mais um real.

No dinheiro para atendimentos de Média e Alta Complexidade na saúde, a cada um real no orçamento da União, o Palácio Iguaçu colocará mais um real. Neste ponto, a ideia do governo é ampliar os investimentos em construção de unidades de atendimento especializado em parceria com os consórcios municipais de saúde.

Recursos pendentes

A bancada paranaense não apresentou apenas os R$ 27 milhões em emendas impositivas; os deputados e senadores do estado também protocolaram emendas coletivas de execução não-obrigatória que somam quase R$ 1 bilhão. A liberação desses recursos, entretanto, tem um caminho mais difícil.

Primeiro, os parlamentares devem convencer o relator do orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), a manter as emendas em seu relatório final. Depois disso, as indicações devem passar pelo plenário do Congresso para serem incorporadas à Lei do Orçamento Anual de 2020. Neste ponto começa a segunda etapa da articulação política: pressionar o Executivo a liberar o que está previsto no orçamento, mas que não tem execução obrigatória. Em tempos de vacas magras, essa é uma articulação complicada.

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Essas emendas discricionárias foram destinadas especialmente para obras de infraestrutura, que demandam investimentos maiores que os R$ 27 milhões disponíveis em emendas impositivas.

São destinos desses eventuais recursos as obras na BR-163, nos trechos entre Cascavel e Marmelândia e Cascavel e Guaíra (R$ 600 milhões, no total); a BR-376, em São José dos Pinhais (R$ 100 milhões); rodovias na região de Paranaguá (R$ 30 milhões); a BR-487, Estrada da Boiadeira (R$ 100 mihões); e a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, de responsabilidade do Exército Brasileiro (R$ 28 milhões).

Parte desse dinheiro que ainda deve ser conquistado também foi destinado para suplementar áreas já cobertas por recursos de emendas impositivas, como a construção do Contorno Sul Metropolitano, em Maringá; o custeio da saúde no estado; e a compra de ônibus para transporte escolar.

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