Na reta final da campanha presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), o ex-deputado federal Abelardo Lupion (DEM) assumiu protagonismo na articulação política de Bolsonaro com políticos do Paraná. Lupion chegou a levar uma pequena comitiva de prefeitos do interior à casa do então candidato à presidência, no Rio de Janeiro.
Agora, com o governo sendo formado, o paranaense é cotado para a subchefia da Casa Civil, ministério que será comandado por Onyx Lorenzoni, também do DEM e padrinho de casamento de Pedro Lupion, filho de Abelardo que foi eleito para a Câmara Federal.
A informação foi revelada nesta terça-feira (20) pela coluna Painel, da Folha de São Paulo. Segundo a publicação, a função de Lupion seria ajudar Lorenzoni na articulação com o Congresso.
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Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, o nome de Lupion enfrenta resistência pela ala dos militares que integram o governo Bolsonaro por ter sido citado nas delações da Odebrecht.
O ex-diretor da Odebrecht na Região Sul, Valter Luís Arruda Lana, disse em depoimento de delação premiada que Abelardo Lupion recebeu R$ 250 mil em doações para campanha não declaradas à Justiça Eleitoral. Segundo o delator, Lupion recebeu R$ 150 mil em 2010, quando foi eleito deputado federal, e mais R$ 100 mil em 2012, ano em que o político não disputou nenhum cargo nas eleições municipais.
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Na época das citações, Lupion repudiou qualquer menção ao nome dele nas delações e disse que nunca recebeu doações irregulares e que todas as contas de campanha foram aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral.
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