Luiz Fernando Vianna, que presidiu a Copel entre janeiro de 2015 e março de 2017, defendeu a privatização da companhia paranaense em uma entrevista concedida à revista Exame. Recentemente, Vianna deixou o comando da hidrelétrica de Itaipu, onde seu mandato na presidência ia até 2022, para assumir o comando da gestora de um fundo de investimentos criada pelo grupo de energia Delta. Segundo a revista Exame, o fundo já conta com R$ 1 bilhão para investir no setor elétrico.
À Exame, Vianna afirmou que “o único caminho do setor, principalmente para as distribuidoras, é a privatização”. Para ilustrar sua defesa das estatais do setor elétrico, ele recorreu ao exemplo da Copel.
Segundo ele, a estatal tem um custo de gestão muito alto. “Por exemplo, na Copel tem mais de 8.500 empregados, mais de 6.000 estão na distribuidora e isso gera um custo gigantesco, mas que é inerente a uma estatal. O setor privado pode ser mais eficiente. Não acredito que a distribuidora estatal possa apresentar solidez de bons resultados ou até mesmo que seja sustentável a médio e longo prazo”, afirmou à Exame.
No ano passado, o governo do Paraná firmou um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para privatizar empresas públicas. Mesmo após a assinatura do acordo, o governo, que na época era comandado por Beto Richa (PSDB), negou o interesse de vender a companhia.
Mesmo assim, o mercado continua a dar sinais de seu interesse pela privatização da empresa. Há, por exemplo, uma empresa inglesa que atua no setor energético que tem buscado informações sobre a eleição para o governo do estado e as implicações que isso poderia ter para a eventual ideia de privatizar a companhia.
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