O deputado estadual eleito Fernando Francischini (PSL) vai comandar a maior bancada da Assembleia Legislativa a partir de fevereiro de 2019. Seu partido, o PSL, elegeu oito deputados na esteira dos quase 428 mil votos recebidos por Francischini, que abriram espaço para que candidatos do PSL fossem eleitos com apenas 13 mil votos. Esse contexto deixa o delegado federal em posição favorável para negociar com o governador eleito Ratinho Junior (PSD).
Essa negociação ainda não foi concluída. “Estamos em alinhamento, não somos base”, disse Francischini sobre esse processo.
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Nos bastidores da Assembleia o que se comenta é que o deputado estaria exigindo a presidência da Comissão de Constituição e Justiça para integrar a base de apoio. Um deputado mais experiente avalia que Ratinho não tem como assumir esse compromisso porque essa decisão é dos parlamentares e muitos deles têm interesse em manter o deputado Nelson Justus no comando da CCJ. Diversos deputados ainda não têm confiança no grupo do PSL para assumir uma posição tão vital para a Casa.
O motivo da desconfiança é o fato de a bancada ter um perfil político que prescinde da negociação, uma das principais características do parlamento. Deputados mais antigos acham que com esse perfil os novos parlamentares darão mais importância a se destacar nas redes sociais que a construir relacionamentos com prefeitos e outras lideranças políticas institucionais.
A falta de um acordo com o PSL pode ter sido um dos motivos que levou Ratinho a adiantar a votação de sua proposta de reestruturação administrativa. Em vez de esperar o início do ano parlamentar de 2019, que acontece com a posse dos novos deputados, em fevereiro, ele vai interromper o recesso da atual assembleia para discutir a matéria. A manobra indica que o governador eleito tem mais confiança e poder de articulação com a atual composição da Assembleia.
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