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Fruet descarta disputa ao Senado e opta por relevância “em cenário pós-apocalíptico”

Gustavo Fruet (PDT) (Foto: Antonio More/Gazeta do povo) (Foto: )

O ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) já se decidiu: em outubro, será candidato a deputado federal. Se nada de muito grave acontecer no cenário partidário até sexta-feira (6), ele vai disputar a cadeira pelo PDT, partido ao qual se filiou em 2012.

Segundo ele, opção por tentar retornar à Câmara Federal – onde já esteve por três mandatos – aconteceu porque a Casa deve ser protagonista na construção de uma agenda que dê algum fôlego ao processo político. Sem grandes esperanças para soluções no curto prazo, Fruet diz que não é possível ainda falar em recuperação da credibilidade das instituições, mas para ele a discussão de futuro do país deve começar por algum lugar e ele está certo de que esse lugar é a Câmara Federal.

“Eu acho que estamos vivendo um momento apocalíptico. É um momento que o argumento não prevalece. O que vem no pós-apocalipse? Com uma eleição polarizada entre Lula (PT) e Bolsonaro (PSL), a discussão na Câmara vai ser sobre quanto tempo até que alguém peça o impeachment do próximo presidente”, avalia.

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É nesse cenário de terra arrasada que o ex-prefeito busca ocupar novamente uma posição relevante no cenário político com um discurso de reconstrução e uma personalidade contemporizadora.

“Adoro política, mas de tudo que eu vi, participei e estou vendo agora, acho fundamental a gente conseguir ter um grupo com um diálogo pós-apocalipse”, avalia.

Para conseguir esse espaço, o caminho da Câmara parece a opção mais segura; por ele, Fruet evita a acirrada disputa por uma das duas vagas do Paraná ao Senado e, se vencer, volta para um espaço político já conhecido, onde conseguiu postos de destaque, como, por exemplo, a sub-relatoria da CPI dos Correios, que investigou os desvios do mensalão em 2005 e 2006.

Esta será a primeira eleição de Fruet após ter sido derrotado nas eleições de 2016, quando nem passou ao segundo turno da disputa pela prefeitura de Curitiba e perdeu mais de 400 mil votos em relação ao pleito que o elegeu prefeito, em 2012.

Ele diz que após superado o período do luto, tem se dedicado à advocacia e também dado algumas aulas em cursos de Direito. Além disso, Fruet tem ido a cidades próximas à Curitiba, onde trabalha na construção de sua base eleitoral. Nessas viagens, angaria apoios e dá palestras sobre temas como o pacto federativo e a reforma política.

O ex-prefeito diz não ter estrutura para uma campanha de grande porte e relata ainda ter dívidas da tentativa frustrada de reeleição para o Palácio 29 de Março. O que deve ajudar o ex-prefeito é a brevidade da campanha, que favorece candidatos com nome já conhecido entre os eleitores. Em 2006, última vez que disputou uma cadeira na Câmara Federal, Fruet foi o candidato mais votado do Paraná, com mais de 210 mil votos.

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