Deputado estadual Fernando Francischini (PSL)| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Uma das informações reveladas pela gravação feita pelo deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) da reunião da ala do PSL que rompeu com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi a existência de planos de fusão entre o PSL e o DEM. A hipótese foi revelada pelo deputado paranaense Felipe Francischini (PSL) e, se levada à cabo, mudaria o cenário das eleições de Curitiba em 2020.

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Na gravação, Francischini relatou que a hipótese de fusão foi tratada em uma reunião que aconteceu na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Lá estavam lideranças dos dois partidos. Dos Democratas, além de Maia, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho; pelo PSL, Francischini e Antônio Rueda, vice-presidente da legenda.

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“Eles estão loucos esperando para fazer a fusão do Democratas com o PSL. Eu estou tentando segurar essa porra porque não quero que aconteça. Se a bancada passar o recado que não está com o partido eles vão fazer a fusão e vão liberar todo mundo aqui sem levar fundo [eleitoral], porra nenhuma e o Democratas vai ficar com o dinheiro de todos vocês aqui”, disse o deputado aos correligionários sem saber que estava sendo gravado.

A fusão, se concretizada antes das eleições municipais de 2020, impactaria os planos de dois dos principais pré-candidatos à prefeitura de Curitiba: Rafael Greca (DEM) e Fernando Francischini (PSL).

O atual prefeito de Curitiba nunca escondeu sua pretensão de disputar a reeleição. Para isso saiu do PMN – partido que não superou a cláusula de barreira e não terá recursos públicos para financiamento eleitoral – e se filiou o DEM, partido que está em movimento de expansão.

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Fernando Francischini, por sua vez, deixou Brasília e voltou ao Paraná como deputado estadual mais votado da história para construir o caminho de sua candidatura à prefeitura de Curitiba. Ele oficializou essa pretensão em um evento do PSL realizado em setembro.

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Uma eventual fusão dos dois partidos, interromperia a candidatura de um dos dois. Entretanto, lideranças locais dos partidos avaliam que a hipótese tem poucas possibilidades de prosperar e nenhuma possibilidade de se concretizar antes das eleições de 2020.

Presidente do DEM do Paraná, o deputado federal Pedro Lupion diz que essa fusão não vai acontecer e que, no Paraná, ela não seria viável politicamente.