O governo federal desistiu de sediar a COP-25 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris. O evento acontecerá entre os 11 e 22 de novembro de 2019 e a cidade de Foz do Iguaçu era cotada como possível sede do encontro.
O governador eleito Ratinho Junior (PSD) chegou a enviar um ofício a Brasília defendendo a candidatura de Foz do Iguaçu. Segundo o documento, o evento poderia movimentar R$ 400 milhões e gerar a circulação de cerca de 35 mil pessoas. Também estavam no páreo as cidades de Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ).
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A candidatura do Brasil que seria apresentada na COP-24, realizada na Polônia a partir de segunda-feira (3), foi retirada por falta de recursos. Em um comunicado enviado na terça-feira (27) às Nações Unidas, o governo alegou que as “restrições fiscais e orçamentárias” deverão seguir em 2019, informou a Agência Brasil.
“Tendo em vista as atuais restrições fiscais e orçamentárias, que deverão permanecer no futuro próximo, e o processo de transição para a recém-eleita administração, a ser iniciada em 1º de janeiro de 2019, o governo brasileiro viu-se obrigado a retirar sua oferta de sediar a COP 25”, diz o comunicado.
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A retirada da candidatura surpreendeu ambientalistas. A paranaense Natalie Unterstell, integrante do Fórum de Mudanças Climáticas que defendia a realização do evento em Foz do Iguaçu disse ter estranhado a desistência “porque foi o próprio governo Temer que manifestou interesse em sediar a COP-25 e a responsabilidade sobre a realização seria do próximo governo que até agora não se pronunciou sobre isso”.
Segundo ela, diversos esforços de articulação para trazer o evento a Foz do Iguaçu foram ignorados pelo governo.
“Para o Paraná e para a agenda de Itaipu seria uma grande oportunidade e uma pauta espetacular”, afirmou.
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