Desde o começo de 2018 o governo do Paraná não atualiza os dados referentes à execução orçamentária e financeira no Portal da Transparência do estado. Com isso, não é possível consultar as informações sobre receitas e despesas do governo com seus credores. Essa falha acontece porque o Executivo está trocando o sistema de administração financeira e enfrentou dificuldades na migração do antigo software para o novo.
Segundo o secretário interino da Fazenda, George Tormin, os relatórios contábeis do primeiro bimestre foram fechados no último fim de semana, com isso a expectativa é que os dados comecem a ser lançados no Portal da Transparência já nos próximos dias.
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Ele explicou que desde que o ex-secretário Mauro Ricardo assumiu o comando da Fazenda foi iniciado um processo de pesquisa para troca do sistema porque o que vinha sendo usado era muito antigo e tinha muitos “puxadinhos”, o que dificultava a instalação de novas funcionalidades.
Com a nova ferramenta, que custou mais de R$ 10 milhões aos cofres do estado, a Fazenda vai unificar a gestão administrativa de todo os órgãos do estado, inclusive os ligados aos poderes Legislativo e Judiciário. Essa unificação foi exigida por uma alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal e, segundo George Tormin, agravou a complicação técnica da operação.
A expectativa da Fazenda é que a nova ferramenta permita gastos mais eficiente e transparentes.
“Vai trazer um nível de agilidade e transparência muito maior, além de ter informações que hoje o sistema não permite. Com isso vai ser mais fácil fazer monitoramento dos gastos. Por exemplo, por que determinado hospital que atende mil pessoas gasta mais que outro com duas mil?”, explica.
Problemas na implantação
Além da desatualização do Portal da Transparência, a mudança no sistema de administração financeira causou problemas de pagamentos a credores. Entraram nessa lista alguns bolsistas das universidades estaduais e também oficinas que consertam as viaturas das polícias do estado. Segundo o governo, esses problemas aconteceram porque o novo sistema detecta inconsistências nas informações dos credores, então qualquer informação errada impede a realização do pagamento.
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